Século XVII
1640/junho – Expulsão dos jesuítas do Colégio São Paulo, que provocou a célebre disputa política entre os membros das famílias Pires, que eram a favor dos jesuítas, e Camargo, detentoras do poder político da Vila de São Paulo. Portugal consegue independência após 60 anos de domínio espanhol, dando in¡cio à quarta e última dinastia portuguesa, a dos Bragança.
1641 – Pedro Taques, líder do partido dos Pires, é assassinado por seu rival Fernão de Camargo em pleno largo da matriz em São Paulo. Este último era irmão, entre outros, de Marcelino de Camargo, o patriarca de Atibaia, e Jerônimo de Camargo, o fundador de Atibaia. A disputa entre as famílias Pires e Camargo teve registro nas atas da Câmara de São Paulo de 1641 até o começo da discussão sobre a elevação de Atibaia a Vila, em 1765. Ou seja, a disputa durou mais de 100 anos.
1652 – Jerônimo de Camargo ocupa o elevado cargo de juiz ordinário em São Paulo, integrando uma câmara sob o domínio dos Camargo. As eleições para juízes ordinários eram trienais. Sua eleição é acusada de fraude e um recurso é apresentado ao ouvidor geral visando impugnar o pleito. Uma nova tragédia envolve as famílias rivais Pires e Camargo. Alberto Pires mata sua esposa, Leonor de Camargo Cabral, e mais um homem. Corre pela vila um boato de que ele havia vingado a morte de Pedro Taques, assassinando sua esposa, uma Camargo que defendia o modo de pensar e agir dos seus.
1653/maio – João Velho de Azevedo, ouvidor geral da repartição sul, chega a São Paulo com intenção de regularizar a situação política da vila, que se encontrava em estado de precariedade. Ao saber da chegada do ouvidor, Jerônimo de Camargo ausenta-se para lugar ignorado, levando consigo as chaves do Paço. O ouvidor arromba as portas e convoca novas eleições. Desta vez vencem os Pires, que trazem de volta os jesuítas, provavelmente mais como ato de provocação política aos Camargo, do que por fé religiosa. Acredita-se que Jerônimo de Camargo tenha fugido para os sertões atibaianos, iniciando a partir daquele ano inúmeras viagens a esta região, até instalar ali sua fazenda.
1653 a 1660 – O bandeirante Jerônimo de Camargo faz várias entradas pelos sertões, em companhia de seu irmão Marcelino de Camargo, instalando uma fazenda às margens do rio Atubaia, erigindo ali uma capela dedicada a São João Batista (1654 segundo alguns historiadores), iniciando com isso o nascimento da cidade de Atibaia.
1655 / 24 de novembro – Uma provisão de Dom Jerônimo de Atahide, conde de Atougia, tenta por fim à tradicional rivalidade entre as famílias Pires e Camargo, determinando que as câmaras paulistas fossem compostas sempre em igual número entre os Pires e Camargo, mais um neutral.
1664 / abril – Partida de São Paulo rumo ao sertão de Minas, via Juqueri, de uma pequena bandeira comandada pelo sertanista padre Matheus Nunes de Siqueira, o famoso “Calção de Couro”.
1665 / 24 de junho – Data escolhida pela Lei Municipal nº 205 de 02/07/1952 para celebrar o dia da fundação da cidade de Atibaia, pois acredita-se que nesta data o padre Matheus Nunes de Siqueira rezou a primeira missa na capela erigida por Jerônimo de Camargo em sua fazenda, deixando naquela povoação os índios catequizados durante sua bandeira. Essa data, na verdade, foi escolhida pela Câmara Municipal como data de fundação da cidade, por ter sido no ano de 1665 a primeira referência oficial à cidade e o dia 24 de junho, dia de São João Batista, santo padroeiro da capela erigida por Jerônimo de Camargo e, portanto, padroeiro da cidade.
1665 / 03 de julho – Após seu retorno a São Paulo, o padre Matheus Nunes de Siqueira se apresenta na Câmara de São Paulo a fim de comunicar os acontecimentos decorridos de sua bandeira. Naquela data a Câmara de São Paulo ordena ao padre Matheus: “para que formassem aldeia e estivessem debaixo da jurisdição dos oficiais do conselho com os mais, para servir a Sua Majestade…” os índios guaru – ou guarulhos – que o padre havia conquistado e deixado “… en povoado e termo desta vila na paragen chamada Atubaia e que o reverendo padre entregava o dito gentio, e se lhe formasse aldeia na mesma paragem donde estão”. A primeira referência oficial sobre Atibaia e por ela fica evidente que padre Matheus deixou os índios conquistados em sua bandeira, num “povoado” já existente, o qual, não nos resta dúvida, serem os primórdios da fazenda de Jerônimo de Camargo.
1666 / 9 de novembro – A Câmara de São Paulo resolve mandar dois oficiais de Justiça à Atibaia para “…ver se estão os índios goaramimis na paragem donde deles tomaram lista o ano passado…”
1669 / 05 de maio – A câmara paulista manda notificar o capitão da aldeia de Guarulhos, Antônio Lopes de Medeiros, para impedir a grande quantidade de índios que estavam se transferindo “…para Caiosara e Atibaia..”
1679 – Atibaia passa a ser capela curada, isto é, a ter padre próprio. No ano seguinte, é construída por Antônio do Prado da Cunha (genro de Jerônimo de Camargo) uma capela maior em frente à capelinha construída pelo fundador da cidade.
1680 – O bandeirante Fernão Dias, em sua busca pelas esmeraldas, segundo historiadores modernos, seguiu a rota das Gerais passando por Atibaia.
1681 / 24 de março – Jerônimo de Camargo hospeda em Atibaia Rodrigo Castel Blanco, que chefiava, por ordem real, a maior e melhor bandeira até então organizada para devassar o sertão mineiro e atingir a cobiçada e lendária Serra das Esmeraldas, seguindo as pegadas de Fernão Dias
1685 / maio – Jerônimo de Camargo faz sua última entrada no sertão, organizando uma bandeira em parceria com Antônio Bueno, Salvador de Oliveira e outros.
1687 – Jerônimo de Camargo recebe em Atibaia a visita do padre provincial para celebrar missa, ganhando do padre como mimo ao fundador do povoado… “quatro cambadas de peixe salgado e três queijos, no valor de $ 480”. Nesse ano que se tem a última notícia de Jerônimo de Camargo em Atibaia; sabe-se que mudou-se para Jundiaí, onde foi formar fazenda. Faleceu naquela cidade em princípios de 1707.
1685 a 1700 – Distribuição das sesmarias (lotes de terras distribuídos pelos donatários das Capitanias para que fossem ocupadas e exploradas) na região de Atibaia.
1690 – Descoberta de ouro na região de Minas e início do tropeirismo entre São Paulo e Minas Gerais.
1698 – Início da primeira grande reforma e ampliação da capela construída por Antônio Prado da Cunha (genro de Jerônimo de Camargo).
1700 – João Lopes de Lima, morador de Atibaia, e seu irmão, padre Manoel Lopes, o “Bu “, partem de Atibaia e descobrem o ribeirão do Carmo, em Minas. Eram filhos de Barbara Cardoso de Almeida, fundadora de Bom Jesus da Cana Verde, hoje Bom Jesus dos Perdäes.
– Nomeação de João dos Reis Cabral como capitão das ordenanças da freguesia. Era casado com uma das netas de Jerônimo de Camargo.
Século XVIII
1701 – Ignora-se a ocasião exata da elevação da capela curada de Atibaia a paróquia e aldeia. Segundo alguns pesquisadores, através de documentos existentes no cartório episcopal, sabe-se que já o era em 1701, todavia, segundo a própria paróquia, a sua criação deu-se em 1719, com a conclusão da Igreja e realização do primeiro ato religioso, graças aos esforços políticos de Antônio Prado da Cunha e Francisco de Camargo Pimentel.
1713 – Nomeação de Jacinto da Costa como juiz vintenário da freguesia de São João de Atibaia. O juiz de Vintera era a autoridade que resolvia as pequenas lides entre os moradores do povoado.
1719 – Término das obras da primeira grande reforma da capela que deu origem à Igreja Matriz de São João Batista. Algumas anotações trazem o ano de 1744 como início das obras de construção da Igreja Matriz e seu término em 1756. Portanto, segundo essas anotações, a reforma de 1698 a 1719 ainda não tratava-se da Igreja da Matriz e sim a da antiga Capela, construída por Antônio Prado da Cunha, que substituiu a original, feita pelo fundador da cidade.
1719 / 14 de dezembro – Primeiro registro de um ato religioso em Atibaia, um batismo: “aos 14 de dezembro de 1719 batizei e pus os Santos Olhos ao inocente Francisco, filho de Sebastião Pedroso e de Ana Rosa Forão, foram padrinhos Amaro da Silva Alvarenga e Maria Pinto Guedes. – Padre Rabello Barros, coadjutor”.
1728 – Instituição do primeiro estabelecimento comercial da freguesia de Atibaia, era o empório Aguirre, de José de Aguirre do Amaral.
1730 – Lucas de Siqueira Franco torna-se o primeiro atibaiano nato a ocupar alto cargo na administração da Vila de São Paulo ao ser nomeado Almotac‚ (uma espécie de fiscal de pesos e medidas), voltando a exercer o mesmo cargo em 1735 e 1743.
1731 – Nazaré é elevada a freguesia.
1733 – Estreia na vida pública de Atibaia como capitão, com apenas 23 anos de idade, o futuro capitão-mor Lucas de Siqueira Franco.
1737 – O bandeirante Bartolomeu Bueno de Siqueira passa por Atibaia.
1740 – João do Prado Camargo, neto do fundador de Atibaia, é nomeado almotac‚ da câmara paulistana; foi também vereador em 1744 e juiz ordinário em 1750. Em Atibaia, foi juiz ordinário em 1777 e 1772.
1742 – Dois atibaianos integram a câmara paulistana pelo Partido dos Camargo: Lucas de Siqueira Franco e Bartolomeu Corrêa Bueno.
1746/agosto – O atibaiano Antônio Bueno de Azevedo descobre ouro em Ribeirão Palmital, onde fundou em 13/12/1746 a então aldeia de Santa Luzia, hoje município de Lusiânia (GO). Faleceu naquela aldeia em 12/05/1771.
1747 / 13 de agosto – Atibaia é elevada a freguesia, nascendo portanto o Distrito de São João Batista de Atibaia.
1749 – Eleição de Lucas de Siqueira Franco para o cargo de juiz ordinário em São Paulo, substituído no ano seguinte por João do Prado Camargo.
1761 / 15 de fevereiro – Proposta à câmara paulista a elevação de Atibaia à categoria de vila, pelo fazendeiro do bairro Caioçara, Frutuso Furquim de Campos, chefe do partido dos Pires na região atibaiana. A tentativa frustrou-se por falta de apoio dos atibaianos ilustres que pertenciam ao partido dos Camargos, ligados à Atibaia, na câmara paulista, pois, uma vez transformada Atibaia em vila, os partidários dos Camargos se dedicaram à política de sua terra. O partido dos Camargos conseguiu adiar a efetivação da proposta durante quatro anos, alegando pobreza e necessidade de compor politicamente na vila de São Paulo, e o ato de instalação por mais de quatro anos.
1763 – Início da construção da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, construída e frequentada pelos escravos que não podiam entrar na Igreja da Matriz. Foi terminada por volta de 1778.
– Desejando formar um povoado em que fosse venerada Nossa Senhora da Conceição, em cumprimento a um voto feito, o atibaiano Antônio Pires Pimentel e sua mulher Dona Ignácia da Silva Pimentel, doaram terreno necessário ao patrimônio e edificação da capela, fundando-se a freguesia de Conceição de Jaguari, situada à margem do ribeirão Tapuchinga ou Canivete (hoje Bragança Paulista).
1765 – D. Luiz Antônio de Souza Botelho, o Morgado de Matheus, assume o governo da Capitania.
26 de janeiro – Depois de anos de esforços por parte do partido dos Pires, o rei de Portugal dá provimento ao requerimento da CÂmara paulista, que pedia a elevação da Freguesia de São João Batista de Atibaia à categoria de vila
13 de fevereiro – A freguesia de Conceição de Jaguari passa a ser Distrito de Paz; providência que determinou a vinda de inúmeras pessoas de outras partes, formando-se núcleo populoso.
1766 – O atibaiano Jerônimo de Camargo Pimentel ocupa o cargo de juiz ordinário em São Paulo. Atibaia, nesse ano, contava com 515 casas e 1506 pessoas e Jaguari com 309 casas e 1754 pessoas.
1769 – Três atibaianos faziam parte do comando administrativo de São Paulo: Fernando de Camargo Pimentel e Frutuoso Furquim, como juízes ordinários, e Antônio Gonçalves da Cunha, como vereador.
27 de junho – Oficialização da elevação de Atibaia à categoria de vila, por portaria do capitão geral Morgado de Matheus. A nova vila compreendia na época os hoje municípios de Atibaia, Bragança, Nazaré, Piracaia, Bom Jesus dos Perdões e Jarinu. Até aquela data, Atibaia fora parte do território da vila de São Paulo. O partido dos Camargos e a população não desejavam essa emancipação. Por todos os meios ao seu alcance, Lucas de Siqueira Franco adiara, primeiro, a aprovação da proposta apresentada pelo partido dos Pires por quatro anos. Esses, pelos seus próprios meios, acabaram por conseguir que o requerimento apresentado pela Câmara paulista fosse provido pelo rei, em Portugal. Uma vez dado o provimento pelo rei em 26/01/1765, Lucas de Siqueira Franco conseguiu, usando do seu prestígio político, postergar os atos oficiais da emancipação por mais quatro anos.
04 e 05 de novembro – Atibaia recebe uma comitiva da vila de São Paulo composta pelo ouvidor, acompanhado pelo juiz ordinário Frutuoso Furquim de Campos, do escrivão Bustamante e dois pagens, para participarem da cerimônia de instalação da nova vila de São João Batista de Atibaya, com o levantamento de Pelourinho, que representava a autonomia municipal. No dia seguinte, foi instalada a primeira casa da Câmara e cadeia (atrás da Igreja Matriz de São João Batista, onde hoje é o Edifício Magister), e ali funcionou, até 1836, quando foi transferido para o prédio onde hoje funciona o Museu João Batista Conti. Lucas de Siqueira Franco tirou partido da situação e recebeu as autoridades com pompas dignas do próprio rei. As festas e cerimônias de instalação da vila foram coisa nunca vista antes, preparadas especialmente para impressionar as autoridades e desfeitar o partido dos Pires. A presença maciç dos partidários dos Camargos às solenidades oficiais quase sufocou Frutuoso Furquim de Campos. Tão contrariado estava que foi o último a assinar a ata do Auto do Levantamento do Pelourinho quando, por força do cargo de juiz ordinário, deveria ser o segundo, logo após o Ouvidor.
1770 / 19 de fevereiro – Instalação da primeira Câmara Municipal, formada pelos vereadores João Franco Viegas, Francisco Xavier Cezar e o Capitão André Pereira de Medeiros; nomeados para juízes Antônio Gonçalves da Cunha e o capitão Domingos Leme do Prado, todos partidários dos Pires, nomeados pelo Ouvidor que desprezou as indicações de Lucas de Siqueira Franco.
01 de abril – Lavrada a primeira escritura da vila no 1º Tabelionato de Notas.
1771 – Lucas de Siqueira Franco ‚ eleito pela segunda vez vereador à Câmara de São Paulo; não aceitou o cargo devido aos seus muito afazeres em sua terra natal (Atibaia). – Realização das primeiras eleições da nova vila, sob influência e comando de Lucas de Siqueira Franco, que em resposta à nomeação da primeira Câmara, composta pelos Pires, elegeu a primeira Câmara somente com os partidários dos Camargos. Frutuoso Furquim de Campos recorreu ao ouvidor e conseguiu a anulação do pleito e a realização de novas eleições, onde a influência de Lucas de Siqueira Franco ainda prevaleceu, assim como nas eleições seguintes, em 1772.
– A Câmara de Atibaia solicita ao governador geral a nomeação de Lucas de Siqueira Franco para o cargo de capitão-mor. Por instâncias de Frutuoso Furquim junto ao governador da capitania, a nomeação foi para o posto de sargento-mor. O golpe foi grande pois todas as freguesias ao serem elevadas à categoria de vila recebiam, imediatamente, um capitão-mor. A patente inferior, porém, não chegou a abalar o prestígio político de Lucas de Siqueira Franco, para desespero de Frutuoso Furquim de Campos.
1772 – Por ordem do governador geral, os irmãos José Félix Cintra e o capitão Francisco Lourenço Cintra organizam em Atibaia uma bandeira de 100 homens com destino aos sertões de Iguatemi, no Mato Grosso. Na volta, os bandeirantes estabeleceram-se definitivamente na cidade, em 1776, dando origem a uma grande descendência que, entrelaçada aos descendentes de Lucas de Siqueira Franco, monopolizou por mais de um século o governo em Atibaia. Da união dessas duas fam¡lias – Cintra e Siqueira Franco – origina-se grande parte dos atibaianos de raiz, da qual descende vários deputados provinciais: Jacinto José Ferraz de Araújo (Cintra), Joaquim Floriano de Araújo Cintra, Florêncio de Araújo Cintra (suplente), todos filhos do alferes Jacinto José de Araújo, netos paternos do capitão Francisco Lourenço Cintra e netos maternos do 2º capitão-mor Francisco da Silveira Franco, pai do último capitão-mor Lucas de Siqueira Franco. Outros deputados provinciais da família são: Antônio Francisco de Araújo Cintra, Evaristo de Araújo Ferraz, todos naturais de Atibaia e descendentes da união das duas famílias.
31 de janeiro – Lucas de Siqueira Franco é nomeado sargento-mor.
1773 – Bartolomeu Bueno de Siqueira e seu irmão Pedro de Moraes Siqueira organizaram em Atibaia uma bandeira para o sertões dos Cataguases, onde tiveram que lutar com os bravos índios que lá viviam, vindo a falecer Pedro.
1775 / 03 de janeiro – O Morgado Matheus envia ordem ao sargento-mor de Atibaia para que os lavradores de trigo fossem para São Paulo, no prazo de 8 dias, vender os seus trigos na Capital, pela falta do produto na vila e not¡cia que atravessadores estavam adquirindo trigo em Atibaia para vender em Minas Gerais.
08 de maio – Nomeação de Lucas de Siqueira Franco para o cargo de primeiro capitão-mor de Atibaia, sendo o representante direto do governador geral na cidade, passando a ser a maior autoridade civil e militar da vila, cargo que ocupou até a morte. “Dentre as várias competências do capitão-mor estavam a de poder proceder às doações de terra (sesmarias) para pessoas que considerasse merecedoras. Também detinha a autoridade para proferir sentenças de execução referentes às penalidades pelo não cumprimento de suas ordens. Era substituído pelo sargento-mor se fizesse necessário”. Os Siqueira Franco monopolizaram a política da Vila de Atibaia, ocupando todos os postos importantes durante décadas. Os quatro capitães-mor eram membros dessa família.
04 de dezembro – Início da vida pública de Francisco da Silveira Franco como capitão das Ordenanças; posteriormente o 2º capitão-mor de Atibaia.
1783 – Morre o capitão-mor de Atibaia, sendo nomeado para substituí-lo seu filho, Francisco da Silveira Franco, que assume como segundo capitão-mor em 25/07/1783.
1789 – Ângelo Batista, residente em Atibaia, foi o descobridor e primeiro fundador da região de minas de Ouro Fino (MG).
1795 – Início da construção dos altares da Igreja Matriz, por José Francisco de Oliveira.
1797 – Término da construção dos altares da Igreja Matriz de São João Batista. A freguesia de São Carlos é elevada a vila. Muitos atibaianos participaram da formação daquela vila, hoje cidade de Campinas.
17 de outubro – Atibaia sofre a primeira modificação em seu território com a criação da vila de Nova Bragança, na antiga freguesia atibaiana de Conceição do Jaguari, apesar dos protestos da Câmara atibaiana, que não concordava com o desmembramento daquela freguesia.
Século XIX
1801 – Morre o segundo capitão-mor Francisco Silveira Franco, assumindo como terceiro capitão-mor seu irmão José de Siqueira Franco.
1801 a 1810 – Vários atibaianos das mais tradicionais famílias deixam sua terra natal para morar na nova Vila de São Carlos, hoje Campinas/SP.
1807 / 07 de janeiro – O capitão atibaiano Lourenço Franco da Rocha e sua mulher doam, por escritura pública, uma gleba de terras no bairro de Campo Largo para a construção de uma capela sob a invocação de Nossa Senhora do Carmo de Campo Largo. É ele considerado como o fundador da hoje cidade de Jarinu.
1821 / 21 de julho – A Câmara e os mais destacados moradores de Atibaia, juram obediência à Constituição Liberal Portuguesa.
23 de agosto – Morre o terceiro capitão-mor José de Siqueira Franco, assumindo o cargo de quarto e último capitão-mor, seu sobrinho e filho do segundo capitão-mor e, na época sargento-mor, Lucas de Siqueira Franco, neto do homônimo e primeiro capitão-mor de Atibaia.
1822 / 05 de outubro – Reúnem-se a Câmara Municipal e o povo de Atibaia em sessão especial para estabelecer os festejos comemorativos da Independência e aclamação do primeiro imperador do Brasil, D. Pedro I.
1824 – Chegada do primeiro morador italiano em Atibaia. Era um mascate de nome Antônio Fontana, que logo montou um bazar no Largo da Matriz e, posteriormente, adquiriu um sítio a uns três km da ponte do rio Atibaia, formando ali uma lavoura que tornou-se o bairro dos Fontanas.
12 de abril – Juramento das bases da primeira Constituição Brasileira pelos atibaianos, no altar mor da Igreja Matriz, depois de missa solene cantada por três padres, que foram os primeiros a proceder ao juramento, seguindo-se toda a população.
1828 / 01 de outubro – A Lei Imperial dessa data instituiu a “Lei Orgânica” das câmaras municipais, estabelecendo novos regulamentos e princípios relativos à estrutura administrativa das cidades.
1829 – A partir deste ano as corporações administrativas das vilas passam a ser eleitas para mandatos de quatro anos. Em substituição aos juízes ordinários foi criado o cargo de presidente da Câmara Municipal, que era ocupado pelo vereador mais votado e, em sua falta, por outros vereadores, obedecendo sempre a ordem de voto nas eleições. O vereador mais votado e portanto o primeiro presidente da Câmara Municipal para o mandato de 1829/32 era o quarto e último capitão-mor, Lucas de Siqueira Franco, que renunciou ao cargo e foi substituído por Jacinto José Ferraz de Araújo Cintra. As vilas passaram a ter sete vereadores e as cidades nove. Foi criada a Guarda Nacional. A figura do capitão-mor passa a ser meramente ilustrativa. A Justiça personifica-se no Juízo Municipal, sendo criada a figura do juiz de Paz que dirime as pequenas contendas, desvinculando, portanto, as atribuições de jurisdição contenciosas das câmaras municipais.
1830 / 02 de setembro – O bairro de Santo Antônio passa a ter capela curada, passando a se chamar Santo Antônio da Cachoeira, hoje Piracaia.
12 de outubro – O bairro de Campo Largo (Jarinú), passa também a ser capela curada.
1833 / setembro – Atibaia foi designada para “cabeça de termo” (sede de comarca), apesar dos protestos do povo bragantino.
1834 / dezembro – Realização das eleições para a primeira Assembleia Provincial, na qual foi eleito o atibaiano Jacinto José Ferraz de Araújo (Cintra).
1835 / 01 de fevereiro – Instalação da primeira Assembleia Legislativa Provincial, formada por 36 deputados. Entre eles, Jacinto José Ferraz de Araújo (Cintra), eleito pelo Partido Liberal. Foi deputado de 35 a 37; suplente em 38/39 e 40/41, (as eleições para Assembleia eram bienais); novamente eleito deputado em 42/43, portanto o primeiro deputado provincial atibaiano. Jacinto José Ferraz de Araújo (Cintra) nasceu em Atibaia em 1802 e era filho do alferes Jacinto José de Araujo Cintra, fundador e l¡der por muitos anos do Partido Liberal em Atibaia.
1836 – Fica pronta a nova Câmara e Cadeia – prédio onde hoje está instalado o Museu Municipal João Batista Conti.
1836 / 05 de março – A capela curada de Santo Antônio da Cachoeira (Piracaia) é elevada à categoria de freguesia.
1837 – Desmembramento de Atibaia do Juízo Cível de São Paulo.
1841 – O Partido Conservador sobe ao poder no cenário político nacional, após a queda do gabinete maiorista. Com a maioridade, em 1840, do Imperador D. Pedro II, voltou a funcionar também o Conselho do Estado, extinto pelo Ato Adicional de 1834. Em algumas regiões do país, particularmente em Minas e São Paulo, municípios mais antigos eram geridos desde os seus primórdios pelas elites locais e, em geral, bem administrados. Inconformados com a cassação de direitos que consideravam fundamentais e temendo que a reforma constitucional eternizasse os conservadores no poder, os liberais não vislumbravam outra alternativa senão a insurreição.
1842 – Atibaia obtém um Juiz Municipal. Início da Revolução Liberal na cidade, chefiada no âmbito nacional pelo ex-presidente da Província de São Paulo, o cel. Rafael Tobias de Aguiar contra o Poder Central. Em Atibaia, o chefe do Partido Liberal era Jacinto José de Araújo Cintra, ligado ao cel. Tobias Aguiar e que fez com que Atibaia tomasse oficialmente partido dos liberais, juntamente com as vilas de Itu, Sorocaba e Campinas, esta mais nova, mas cuja população em boa parte era oriunda de Itu. Em Atibaia, chefiavam a rebelião: major Joaquim de Araújo Cintra, José da Silveira Campos, “José Lucas”, José Bueno de Campos, Francisco Bueno de Aguiar e Castro, Teodoro Bueno de Aguiar e Castro, João Bueno de Aguiar, Leonardo José Pedroso, Joaquim da Silva Porto, capitão Jacinto Alves do Amaral, Eugênio de Siqueira, Frutuoso de Lima, José Antônio de Camargo, Felisberto Pires, Francisco Lourenço da Rocha e cel. Manoel Jorge Ferraz. Há documentos sobre a prisão do cel. Manoel Jorge Ferraz e do Padre Antônio Mello e Silva. Houve vários registros de conflitos entre os conservadores e os liberais na Vila de Atibaia. Entretanto, os liberais da cidade ficaram por pouco tempo fora do poder, que logo voltou a ser exercido pelos membros da importante família Cintra, detentora do domínio político desde as primeiras décadas do século XIX, juntamente com os descendentes dos capitães-mor (família Siqueira Franco), que governaram Atibaia no século XVIII.
1842 / 05 de fevereiro – Pela Lei nº 3, a capela curada de Campo Largo é elevada à categoria de freguesia e incorporada à vila de São João Batista de Atibaia.
24 de abril – O presidente da Câmara, José Jacinto de Araújo Cintra, pertencente ao Partido Liberal, não comparece ao Paço Municipal para a sessão extraordinária de posse de alguns cargos dos membros do Partido Conservador, alegando moléstia. Consequentemente, a sessão foi adiada para o dia 02/05/1842.
02 de maio – Os conservadores promovem passeata nas ruas da cidade empunhando armas de fogo e espadas desembainhadas, lançando insultos aos liberais que iam revidando, quando o Juiz Municipal (Francisco Lourenço Cintra) e outras pessoas influentes acalmaram os ânimos. A sessão extraordinária de posse dos conservadores deu-se na casa do presidente da Câmara e não no prédio da mesma em razão do grande tumulto provocado pelos conservadores que, segundo boatos, queriam assassinar alguns membros da Câmara e pessoas influentes do partido maiorista, (que era o liberal, chefiado na époc pelo alferes Jacinto José de Araújo Cintra e seus filhos).
04 de maio – A Câmara Municipal foi cassada devido ao seu “… repreensível comportamento e flagrantes desobediências”, uma vez que a Casa, ao tomar partido liberal, recusou-se a obedecer às ordens imperiais, cujo gabinete era conservador.
1844 – Atibaia perdeu a freguesia de Campo Largo que passou para o termo de Jundiaí, recuperando dois anos depois a reintegração da mesma.
24 de junho – Após o fracasso da Revolução Liberal, veio a anistia e a Câmara reassumiu suas funções.
1846 – Joaquim Floriano de Araújo Cintra, natural de Atibaia, onde foi batizado em 1813, filho do alferes Jacinto José de Araújo Cintra e irmão do primeiro deputado provincial de Atibaia, Jacinto José Ferraz de Araújo (Cintra), toma posse como segundo deputado provincial atibaiano, sendo reeleito no biênio seguinte (1848/49). Joaquim Floriano de Araújo Cintra advogou por muitos anos no Rio Grande do Sul e residia em Itapira/SP. No mesmo ano, seu outro irmão, Florêncio de Araújo Cintra, também natural de Atibaia, onde foi batizado em 1897, tornou-se suplente de deputado provincial.
1850 – Ingressa na Assembleia Provincial do Estado o terceiro deputado atibaiano, Antônio Gonçalves Barbosa da Cunha, filiado ao Partido Conservador. Foi deputado em 50/51, 52/53, 54/55, 56/57, 1860/61 e 1862 a 1863, portanto por seis mandatos. Foi também o único atibaiano eleito deputado à Assembleia Geral (hoje deputado federal), onde se destacou por seus dotes oratórios e erudição. Faleceu na capital federal (Rio de Janeiro) em 1869. Atibaia passou a fazer parte do termo de Bragança Paulista.
10 de junho – A freguesia de Nazaré é elevada a Vila e Atibaia perde, pela segunda vez, parte de seu território original, acontecendo também a divisão entre as paróquias. Bom Jesus da Cana Verde, hoje Bom Jesus dos Perdões, ficou fazendo parte da nova vila de Nazaré no desmembramento.
1851 / 08 de janeiro – A cabe‡a do termo ‚ transferida para Bragan‡a Paulista.ÿ
14 de julho – Cria‡Æo da primeira Escola P£blica Feminina em Atibaia.ÿ
1853 – In¡cio da vida p£blica de Jos‚ Alvim de Campos Bueno, como suplente de Fiscal, um dos mais destacados e prestigiados pol¡ticos atibaianos do s‚culo passado. Ocupou quase todos os cargos da administra‡Æo p£blica na cidade. Sua descendˆncia deteve o dom¡nio pol¡tico da cidade entre o final do s‚culo XIX e as primeiras d‚cadas do s‚culo XX.ÿ
1856 – Atibaia volta a ser cabe‡a de termo.ÿ
1857 – Elei‡Æo do atibaiano Evaristo de Ara£jo Cintra como suplente de deputado provincial, 58/59, pelo Partido Liberal.ÿ
1858 – Forma‡Æo de um movimento popular, chefiado pelo vereador Jos‚ Lucas, visando o in¡cio de uma grande reforma na Igreja Matriz, entÆo em ru¡nas. Foi executada por escravos que formaram uma fileira de um quil“metro, da olaria do moinho at‚ a matriz e, de mÆo em mÆo, foram jogando os tijolos e as lenhas, at‚ o t‚rmino da obra. E assim, a igreja outrora de dois corpos (a nave espacial e a capela mor) passou a ter o formato da atual. Neste mesmo ano um grupo de atibaianos, tamb‚m chefiados por Jos‚ Lucas, reorganizam a irmandade de Nossa Senhora do Ros rio dos Pretos e come‡am a reforma da igreja. Faziam parte da comissÆo que reorganizou a Irmandade e a reforma: Jos‚ Lucas, Salvador Ribeiro de Toledo Santos, Francisco Soares Muniz, Manoel Jacinto Pe‡anha, Francisco de Sales, Albino Jos‚ Barbosa, Tom s Gon‡alves Barbosa Cunha, Luiz Joaquim Lodovico, Furtunato Manoel Rodrigues, Jos‚ Pires Cardoso, Francisco Jos‚ Teixeira, Ant“nio Pereira de Andrade, Jacinto Manoel Leite, Benedito Rodrigues Cardoso e JoÆo Francisco de Ara£jo Cintra. Era capelÆo do Ros rio o padre JoÆo Mariano do Prado. Esta comissÆo atuou at‚ o ano de 1870.ÿ
1859 – Atibaia ‚ incorporada novamente … Comarca de Bragan‡a, tendo obtido no ano anterior um juiz togado e a reintegra‡Æo de Nazar‚ e Santo Ant“nio da Cachoeira como parte de seu termo (comarca). No dia 24 de mar‡o, a freguesia de Santo Ant“nio da Cachoeira (Piracaia) ‚ elevada … categoria de vila e desmembrada de Atibaia que sofre a terceira modifica‡Æo no seu territ¢rio.ÿ
1861 / 15 de outubro – Elei‡Æo do quarto atibaiano deputado provincial, o advogado Manoel Jacinto de Ara£jo Ferraz, pelo Partido Liberal de Atibaia. Nascido em 1834, era o filho mais novo do cel. Manoel Jorge Ferraz, de quem, juntamente com seu irmÆo Lucas de Siqueira Franco Neto, herdou a chefia do Partido Liberal na cidade. Tamb‚m foi por muitos anos vereador e presidente da Cƒmara. Faleceu em Atibaia, em 15/03/1901.ÿ
1862 – Toma posse como deputado provincial para o biˆnio 62/63 (sendo reeleito em 64/65), Manoel Jacinto de Ara£jo Ferraz. Seu pai, Manoel Jorge Ferraz, era irmÆo do primeiro deputado provincial de Atibaia. Outro atibaiano de nascimento fez parte da Assembl‚ia Provincial em 1862/63: Evaristo de Ara£jo Cintra, quinto atibaiano deputado provincial, tamb‚m pelo Partido Liberal, residente em Mogi-Mirim, por onde se elegeu; era filho de Francisco Louren‡o de Ara£jo Cintra (irmÆo do cel. Manoel Jorge Ferraz). Portanto, a Assembl‚ia Provincial, naquele biˆnio teve a participa‡Æo de dois atibaianos que eram primos.ÿ
1864 / 22 de abril – Pelo decreto do governo provincial n§ 26, Atibaia ‚ elevada … categoria de cidade.ÿ
18 de agosto – Realizam-se pela Igreja Matriz as elei‡äes para vereadores e juizes de Paz. Desta elei‡Æo decorreu grande tumulto devido ao conflito entre os membros do Partido Conservador, vitorioso, e os membros do Partido Liberal, que sempre se haviam mantido no poder.
18 de setembro – Em sessÆo extraordin ria, a Cƒmara Municipal faz a instala‡Æo da cidade: “Est inaugurada a cidade de SÆo JoÆo Batista de Atibaia”.ÿ
1865 – ConclusÆo da segunda grande reforma na Igreja Matriz, sob o comando do presidente da Cƒmara Jos‚ da Silveira Campos, o “Jos‚ Lucas” (um dos filhos do £ltimo capitÆo-mor Lucas de Siqueira Franco). As comemora‡äes foram intensas durante a semana santa daquele ano. Data desta reforma a inclusÆo de sua torre.
24 de maio – Cria‡Æo do primeiro col‚gio de meninas, dirigido por Madame Arpenans, onde se ministrava o ensino de portuguˆs, francˆs, m£sica, desenho, prendas dom‚sticas, etc.ÿ
1866 – Morre o grande l¡der e £ltimo capitÆo-mor Lucas de Siqueira Franco, aos 93 anos de idade, com cerca de quatrocentos descendentes … ‚poca, segundo o genealogista Silva Leme. Todos os atibaianos de raiz estÆo, por algum ramo, ligados ao clÆ Siqueira Franco, isto ‚, capitÆes mor. Lucas de Siqueira Franco foi batizado em Atibaia, em 1773, com o mesmo nome de seu av“ paterno que fora o primeiro capitÆo-mor de Atibaia e inesquec¡vel patriarca do clÆ Siqueira Franco. Casou-se em 1794 com Ana Gabriela Campos e Vasconcellos, filha do mais s‚rio advers rio pol¡tico de seu ilustre av“, Frutuoso Furquim de Campos, cujo nome est ligado … hist¢ria de Atibaia, na segunda metade do s‚culo XVIII. Em 1821, foi solenemente empossado capitÆo-mor, cargo que exerceu at‚ 1828, ano da reforma no sistema administrativo do Imp‚rio que extinguiu as fun‡äes dos capitÆes-mor, por‚m conservou-lhes o t¡tulo. Continuou interferindo na vida pol¡tica da cidade at‚ seu falecimento. Concorreu sempre a cargos eletivos, sendo sempre o mais votado ou um dos mais votados. Foi o primeiro presidente da Cƒmara Municipal, de 1829 a 1832 e, segundo Waldomiro Franco da Silveira, renunciou logo em seguida. Tomou parte da revolu‡Æo liberal de 1842, juntamente com seus filhos, genros, primos e netos. Foi tamb‚m l¡der do Partido Liberal de Atibaia.ÿ
1868 – Eleito para a Assembl‚ia Provincial o sexto atibaiano de nascimento, Ant“nio Francisco de Ara£jo Cintra, representando a cidade de Amparo. Nascido em 1835, era filho do tenente coronel Francisco Louren‡o de Ara£jo Cintra – este irmÆo de Manoel Jorge Ferraz e de Jacinto Jos‚ de Ferraz de Ara£jo (Cintra), primeiro deputado provincial de Atibaia. Foi representante de Mogi Mirim na c‚lebre Conven‡Æo de Itu. Tornou-se tamb‚m senador estadual de 1894 a 1896.ÿ
1872 / 18 de novembro – Realiza-se na Igreja da Matriz a elei‡Æo municipal para vereadores e juizes de Paz, havendo grande conflito entre os conservadores, que ganharam as elei‡äes, at‚ entÆo ganhas quase sempre pelos liberais. Durante muito tempo se intensificou na cidade a separa‡Æo entre liberais e conservadores, mesmo havendo la‡os familiares entre os dois grupos. Os conservadores cercaram o casarÆo onde se reuniam os liberais: Lucas de Siqueira Franco Neto (presidente da Cƒmara Municipal), Manoel Jacinto de Ara£jo Ferraz (primeiro juiz de Paz e presidente da mesa paroquial), capitÆo Salvador Ribeiro de Toledo Santos (terceiro juiz de Paz), Jos‚ Alvim de Campos Bueno, alferes JoÆo Francisco Bueno de Aguiar, Luiz Ezequiel da Cƒmara e Vicente de Carvalho.ÿ
1873 / 18 de abril – A c‚lebre Conven‡Æo Republicana de Itu teve a participa‡Æo de trˆs atibaianos liberais, representantes de outras vilas: capitÆo Landislau Ant“nio de Ara£jo Cintra e Ant“nio Francisco de Ara£jo Cintra, representantes de Mogi-Mirim, e TristÆo da Silveira Campos, representante de Amparo. H anota‡äes de que o capitÆo Landislau Ant“nio de Ara£jo Cintra tamb‚m representou a cidade de Atibaia.ÿ
23 de junho – Na casa de Eleut‚rio de Ara£jo Cintra, em reuniÆo presidida por Jos‚ In cio da Silveira, os ma‡ons e republicanos de Atibaia elegeram como representantes da cidade para o Congresso Republicano Provincial, o rec‚m chegado advogado Ol¡mpio da PaixÆo e, com seu suplente, o padre JoÆo Mariano do Prado.
1876 a 1879 – Muda-se de Atibaia para Itapira (SP), entÆo munic¡pio de Amparo, Lucas de Siqueira Franco Neto, pen£ltimo filho do cel. Manoel Jorge Ferraz, nascido em Atibaia em 1832. Foi, durante cerca de 20 anos, chefe do Partido Liberal em Atibaia e presidente da Cƒmara de 1871 a 1876, tendo ocupado v rias vezes a presidˆncia da Cƒmara no per¡odo de 1865 a 1870 por ser o segundo vereador mais votado em substitui‡Æo ao seu tio, o entÆo presidente Jos‚ Lucas. Faleceu em sua fazenda Engenho das Palmeiras, “Engenho Velho”, Itapira, em 1910. Essa fazendo hist¢rica, de mais de duzentos anos, foi fundada pelo atibaiano alferes Jacinto Jos‚ de Ara£jo Cintra e passa para seu filho, Manoel Jorge Ferraz. Quando da morte de Gertrudes da Silveira Campos, prima e vi£va do cel. Manoel Jorge Ferraz e filha do £ltimo capitÆo mor de Atibaia, Lucas de Siqueira Franco, decidira-se que Manoel Jacinto de Ara£jo Ferraz ficaria com os bens de Atibaia e Lucas Neto com a fazenda em Itapira, pois este estava muito desgostoso com o rumo revanchista da pol¡tica local. Esta fazenda foi utilizada pela Rede Globo de TelevisÆo nas filmagens da novela Rei do Gado.
1877 – Atibaia perdeu Santo Ant“nio da Cachoeira, que passou para a comarca de Bragan‡a.ÿ
1878 / 22 de dezembro – In¡cio dos trabalhos do ramal da estrada de ferro bragantina.ÿ
1880 / 22 de abril – Atibaia foi transformada pela primeira vez em Sede de Comarca, pela Lei n§ 97, com os termos reunidos de Atibaia e Santo Ant“nio da Cachoeira, constituindo a 46¦ comarca da prov¡ncia.ÿ
1883 – Primeiras denomina‡äes oficiais das ruas da cidade. Profundas modifica‡äes foram introduzidas no sistema eleitoral com a promulga‡Æo da c‚lebre Lei Saraiva. Primeiras denomina‡äes oficiais das ruas da cidade. Profundas modifica‡äes foram introduzidas no sistema eleitoral com a promulga‡Æo da c‚lebre Lei Saraiva.
1883 a 1886 – Neste quadriˆnio, a Cƒmara Municipal era composta por cinco vereadores liberais: Jos‚ Ign cio da Silveira (presidente), Ant“nio Gabriel do Amaral, Francisco Jos‚ da Silveira Pinto, Miguel Pereira da Silva e Belis rio Francisco de Camargo, e quatro conservadores: Pedro Cunha, Pedro Alexandrino Leite, Louren‡o Franco da Silveira e Ol¡mpio da PaixÆo que, embora republicano, atuava ao lado dos conservadores. Os liberais, embora maioria, nÆo conseguiram manter o dom¡nio pol¡tico do munic¡pio que, com exce‡Æo aos raros e curtos per¡odos de dom¡nio conservador, era sempre dominado por eles. Isto se devia, entre v rios outros fatores, … atua‡Æo de Belis rio de Camargo que, mesmo liberal, tinha atua‡Æo independente e, nÆo raro, apoiava as indica‡äes provindas dos conservadores. Ap¢s este per¡odo, os liberais voltaram a dominar politicamente a cidade at‚ a proclama‡Æo da Rep£blica, quando ficaram totalmente aliciados do poder. Os partid rios do Partido Liberal voltaram ao dom¡nio pol¡tico do munic¡pio ap¢s a vit¢ria nas elei‡äes da primeira Cƒmara do novo regime (1992), todavia, nÆo mais como liberais, mas como membros do PRP (Partido Republicano Paulista).ÿ
1884 / 06 de agosto – Inaugura‡Æo do ramal f‚rreo bragantino em Atibaia, conclu¡do pelo bragantino Luiz Gonzaga da Silva Leme, autor da genealogia paulistana, grandiosa obra geneal¢gica em nove volumes. H registros que a inaugura‡Æo ocorreu em 04/05/1884.ÿ
Novembro – O Conde D’Eu passa por Atibaia (esta‡Æo Caetetuba) em viagem com destino a Bragan‡a Paulista.
1885 – Constru‡Æo do primeiro coreto da cidade, na Pra‡a da Matriz.ÿ
1886 / 15 de abril – O advogado Ol¡mpio da PaixÆo e outros vereadores neo-republicanos batem-se duramente, em sessÆo da Cƒmara Municipal, pela liberta‡Æo dos escravos.ÿ
12 de novembro – Em viagem … Bragan‡a Paulista, o imperador D. Pedro II e sua esposa Dona Tereza Cristina, sÆo recebidos …s 9 horas e 30 minutos com festa na esta‡Æo de trens da cidade (Caetetuba), onde se encontravam autoridades, banda de m£sica e muitos populares.ÿ
1889 / 21 de novembro – Re£ne-se a Cƒmara Municipal, de maioria liberal, para aderir … rec‚m proclamada Rep£blica, com passeata pela cidade, promovida por Ol¡mpio da PaixÆo. O Partido Liberal era chefiado por Jos‚ Alvim de Campos Bueno e o Partido Conservador por Louren‡o Franco da Silveira.ÿ
05 de dezembro – Enviado ao governador da prov¡ncia, Prudente de Moraes, uma mo‡Æo de solidariedade ao novo regime, assinada por v rios atibaianos republicanos, encabe‡ada por Ol¡mpio a PaixÆo.ÿ
08 de dezembro – Trˆs dias ap¢s a manifesta‡Æo dos republicanos a favor do novo regime, Louren‡o Franco da Silveira, chefe do Partido Conservador, tamb‚m faz um manifesto de apoio ao novo regime, que segue endossado por muitos cidadÆos.
28 de dezembro – Re£nem-se na casa de Louren‡o Franco da Silveira in£meros cidadÆos para fundar o Centro Republicano Federal de Atibaia. A agremia‡Æo reunia os adesistas ao novo regime, promovida pelos republicanos e membros do antigo Partido Conservador, na expectativa de galgarem o poder. Sob a presidˆncia de Ol¡mpio da PaixÆo, foram eleitos seis membros para formar a comissÆo executiva: JoÆo Ribeiro (54 votos), Louren‡o Franco da Silveira (54 votos), Jos‚ Gon‡alves de Oliveira Cunha (50 votos), Ol¡mpio da PaixÆo (42 votos), Guilherme Gon‡alves da Cunha (36 votos) e Miguel Vairo (32 votos).ÿ
1890 / 21 de janeiro – Dissolu‡Æo da Cƒmara Municipal atrav‚s de decreto governamental e nomea‡Æo do Conselho de Intendˆncia que, al‚m do ¢rgÆo Legislativo Municipal, tornou-se respons vel pela vida pol¡tico-administrativa da cidade at‚ sua extin‡Æo em 29/09/1892. Faziam parte do conselho: Ol¡mpio da PaixÆo (presidente). Jos‚ Gon‡alves de Oliveira Cunha (vice-presidente), Miguel Vairo, Benedito Franco da Silveira e Jos‚ Ant“nio Castro Fafe. Portanto, o Conselho da Intendˆncia foi formado inicialmente pelos autˆnticos republicanos e pelos antigos membros do Partido Conservador. Tamb‚m fizeram parte do Conselho de Intendˆncia, atrav‚s de outras nomea‡äes em substitui‡Æo aos j citados, os seguintes membros: Salvador Teixeira do Nascimento, Pedro Soares de Moura, Ant“nio Soares do Amaral, JoÆo Maria de Oliveira Saldanha, Honorato Jos‚ de Oliveira Simas, Ant“nio de Aguiar Pe‡anha, Joaquim Francisco da Silveira Leite, Juvenal Alvim e Benedito de Almeida Bueno. Com a extin‡Æo do Conselho de Intendˆncia foi eleita nova Cƒmara Municipal.ÿ
26 de janeiro – Ante a movimenta‡Æo de adesäes do Partido Conservador, que assumia a dire‡Æo pol¡tica do munic¡pio, o chefe do Partido Liberal, Jos‚ Alvim de Campos Bueno, adere ao Partido Republicano e constitui o diret¢rio municipal formado pelos cidadÆos: capitÆo Jos‚ Alvim de Campos Bueno, capitÆo JoÆo Pires de Camargo, Porf¡fio Bueno de Aguiar, Ant“nio Faustino da Silveira, Thom‚ da Silveira Franco e Fl¢rido Jos‚ Batista.ÿ
05 de agosto – Circula‡Æo da primeira edi‡Æo do primeiro jornal da cidade, “O Itapetinga”, que tinha como redator liter rio Afonso Jos‚ de Carvalho e como redator pol¡tico Ol¡mpio da PaixÆo. Circulou durante dois anos.ÿ
13 de novembro – Promulga‡Æo da Lei n§ 16, que tratava da organiza‡Æo dos munic¡pios do estado de SÆo Paulo, com parte das reformas pol¡tico-administrativas necess rias ap¢s a proclama‡Æo da Rep£blica. A lei determina que o munic¡pio seria governado pelo seu Legislativo (Cƒmara Municipal), que elegeria anualmente, entre seus pares, um executor administrativo que receberia o nome de Intendente Municipal.ÿ
1892 / 29 de novembro – Toma posse o primeiro intendente municipal eleito pela Cƒmara, Jos‚ Francisco de Campos Bueno, o “Jos‚ Bim”.ÿ
1895 / 11 de novembro – Inaugura‡Æo do sistema de gua encanada, com a abertura da torneira do primeiro chafariz pelo presidente da Cƒmara.ÿ
1897 / 01 de agosto – Funda‡Æo do Clube Recreativo Atibaiano. O primeiro presidente foi o juiz de Direito da comarca, Carlos Samuel de Ara£jo.ÿ
1900 / abril – Abertura do Cemit‚rio Municipal SÆo JoÆo Batista em substitui‡Æo ao cemit‚rio da f brica, que se localizava no quarteirÆo onde hoje encontra-se a escola “Jos‚ Alvim”.ÿ
S‚culo XX
1901 / 17 de fevereiro – Publica‡Æo da primeira edi‡Æo do centen rio jornal “O Atibaiense”, de propriedade de Jos‚ Ant“nio da Silveira Maia.ÿ
24 de novembro – Inaugura‡Æo da rede telef“nica. O primeiro telefone era propriedade de Jos‚ Ant“nio da Silveira Maia, que ligava a cidade … esta‡Æo de Caetetuba.ÿ
1902 / 04 de abril – Morre o tenente-coronel Jos‚ Alvim de Campos Bueno, tamb‚m conhecido como “Nh“ Bim”, descendente em linha direta de Jer“nimo de Camargo. Foi o £ltimo chefe pol¡tico do Partido Liberal, que passou a se chamar no regime republicano, Partido Republicano Paulista (PRP), foi suplente de vereador em 1860 (assumindo em 1862) e eleito em 1864 e 1868. Foi substitu¡do no comando pol¡tico por seus filhos Jos‚ Bim e major Juvenal Alvim.ÿ
1903 / 01 de maio – Iniciam-se as obras do grupo escolar na Pra‡a do Ros rio, hoje Guilherme Gon‡alves.
1905 / 17 de junho – Inaugurado o Grupo Escolar, que em 15/03/1906, por ato do presidente do estado, Jorge Tibiri‡ , recebe o nome de “Jos‚ Alvim”.ÿ
20 de dezembro – Pela Lei Estadual n § 975, SÆo JoÆo Batista de Atibaia passa a se chamar somente Atibaia.ÿ
1906 / 14 de janeiro – Funda‡Æo da Societ… Italiana di Mutuo Socorro, tendo como primeiro presidente Francisco Pierotti.ÿ
07 de novembro – Promulga‡Æo, pelo prefeito, da Lei Municipal n§ 100, que institui o ensino obrigat¢rio no munic¡pio de Atibaia.ÿ
19 de dezembro – Promulga‡Æo da Lei n§ 1038 reformulando a organiza‡Æo municipal. Entre outras mudan‡as, desvinculou o Poder Legislativo da Administra‡Æo Municipal, que seria exercida pelo prefeito municipal, agora eleito pelo povo.ÿ
1907 – Instala‡Æo do servi‡o de luz el‚trica no munic¡pio.ÿ
1908 – A Igreja da Matriz recebe a imagem de SÆo JoÆo Batista doada por JoÆo Pires de Camargo.ÿ
15 de janeiro – Toma posse o primeiro prefeito municipal eleito, o imigrante italiano Miguel Vairo.ÿ
1909 / 27 de fevereiro – Inaugura‡Æo da f brica de tecidos Cia. Tˆxtil de SÆo JoÆo.ÿ
1911 – Atibaia recebe a visita do artista pl stico paulista Benedito Calixto, autor do ¢leo com a vista panorƒmica da cidade (cujo original encontra-se hoje no Clube Recreativo Atibaiano) e da famosa tela a ¢leo, retratando o batismo de Jesus Cristo por JoÆo Batista, que se encontra no altar mor da Igreja Matriz.ÿ
02 de julho – In¡cio de outra grande reforma na Igreja Matriz, com t‚rmino em 1918. Esta reforma foi realizada com a finalidade de abrir os arcos existentes, aumentando o espa‡o interno da Igreja, removendo-se ainda o assoalho e colocando-se o piso de ladrilhos. Outras reformas, a partir desta, foram respons veis pela descaracteriza‡Æo da Igreja nos anos de 1940, 1960 a 1965 e 1990.ÿ
1913 / 24 de junho – Morre o tenente-coronel Jos‚ Francisco de Campos Bueno, “Jos‚ Bim” , nascido no dia 20/11/1856 em Atibaia. Foi herdeiro pol¡tico de seu pai, Jos‚ Alvim de Campos Bueno, £ltimo chefe do Partido Liberal e primeiro do Partido Republicano Paulista, PRP. Foi chefe do PRP, vereador, presidente da Cƒmara e o primeiro intendente municipal. Foi substitu¡do na chefia pol¡tica por seu irmÆo, major Juvenal Alvim.ÿ
1914 – A torre da Igreja do Ros rio ‚ partida por um raio iniciando-se, entÆo, uma reforma conclu¡da em 1916.ÿ
01 de fevereiro – Inaugura‡Æo, com grandes festividades, da linha f‚rrea de Caetetuba a Piracaia, se‡Æo da estrada de ferro SÆo Paulo Railway, ramal bragantino.ÿ
08 de novembro – Inaugura‡Æo da Santa Casa de Miseric¢rdia, sendo seu primeiro provedor o major Juvenal Alvim.ÿ
1916 / 31 de maio – Ben‡Æo solene da Igreja do Ros rio, totalmente reformada com uma nova torre no centro do frontisp¡cio, a qual foi demolida em 1953.ÿ
04 de junho – Passa por Atibaia o pai da avia‡Æo, Santos Dumont.ÿ
1918 – Alargamento das ruas transversais do centro da cidade.ÿ
1920 – Inaugura‡Æo do Hotel Municipal, constru¡do pela Cƒmara Municipal.ÿ
1921 / 01 de setembro – Divulga‡Æo do recenseamento federal informando a popula‡Æo de Atibaia: 15.305 habitantes e 2.241 estrangeiros, enquanto que o entÆo distrito de Jarin£ possu¡a 5.960 habitantes e 1.166 estrangeiros.ÿ
1927 – Instala‡Æo do primeiro aparelho de r dio para a popula‡Æo, na casa Russomano, de At¡lio Russomano.ÿ
30 de outubro – Inaugura‡Æo da estrada de rodagem ligando Atibaia … SÆo Paulo, com a presen‡a do presidente do estado, J£lio Prestes de Albuquerque, e de todo seu secretariado.ÿ
1928 – Empossado o s‚timo deputado estadual atibaiano, para a legislatura de 1928/30, Zeferino Alves do Amaral, pelo PRP.ÿ
Dezembro – Inaugura‡Æo do campo de avia‡Æo, atr s do cemit‚rio SÆo JoÆo Batista. Inaugura‡Æo do campo de avia‡Æo, atr s do cemit‚rio SÆo JoÆo Batista.
1929 – Instala‡Æo da Usina El‚trica e da Casa Paroquial.ÿ
1930 – Funda‡Æo da Vila SÆo Vicente de Paulo, pelo padre Francisco Rodrigues dos Santos e Jos‚ de Aguiar Pe‡anha (Juca Pe‡anha).ÿ
01 de fevereiro – Funda‡Æo do SÆo JoÆo Futebol Clube, hoje SÆo JoÆo Tˆnis Clube.ÿ
1932 – A Revolu‡Æo Constitucionalista contou com a participa‡Æo de atibaianos, com quatro baixas: Ant“nio Silveira, Dulc¡dio Camargo Gon‡alves, Jos‚ Silva e Bento Soares.ÿ
1933 – O atibaiano Joviano Alvim, filho do major Alvim, torna-se suplente de deputado estadual pelo PSD.ÿ
1934 – Existiam em Atibaia cerca de 1.693 propriedades agr¡colas, sendo seus propriet rios, na maioria, imigrantes. Os principais produtos cultivados eram batata, cebola, tomate, arroz, feijÆo, caf‚ e milho.ÿ
1934 / 21 de novembro – Funda‡Æo da Associa‡Æo Atl‚tica Cetebe (por Thom s dos Reis Cardoso de Almeida), que em 1965 passou a chamar Grˆmio Esportivo Atibaiense.ÿ
1936 / 09 de fevereiro – Morre o major Juvenal Alvim, nascido em 1867. Sucedeu seu irmÆo, Jos‚ Bim, no comando pol¡tico da cidade. Iniciou a vida p£blica como membro do Conselho de Intendˆncia em 1892. Eleito vereador em 30/10/1898 e nas legislaturas subsequentes. Foi eleito pela Cƒmara o 5§ intendente municipal e presidente da Cƒmara de 1902 a 1913.ÿ
1937 – In¡cio do cal‡amento das ruas da cidade, sendo a primeira a rua Jos‚ Lucas. Existiam em Atibaia 59 casas de secos e molhados, 17 casas de tecidos e armarinhos, 15 lojas de cal‡ados e chap‚us, 27 botequins, 12 a‡ougues e 10 padarias.ÿ
1938 / 01 de maio – Funda‡Æo do abrigo de menores que posteriormente passou a chamar-se Lar Dona Mariquinha do Amaral, do qual o primeiro presidente foi At¡lio Russomano.ÿ
1945 / 18 de abril – Atibaia ‚ declarada Prefeitura Sanit ria – pelo Decreto Lei Estadual n§ 14.660 – e Estƒncia Hidromineral. Foi nomeado com primeiro prefeito sanit rio o historiador, folclorista e ex-prefeito municipal JoÆo Batista Conti.ÿ
14 de outubro – Retornando dos campos de guerra na It lia, os atibaianos integrantes da For‡a Expedicion ria Brasileira sÆo festivamente recebidos numa apote¢tica manifesta‡Æo popular.ÿ
1946 – Andr‚ Granja Carneiro, Cesar Memolo J£nior, Dorciozor Lino e Helv‚cio Scapin fundaram uma biblioteca que originou a Biblioteca Municipal Joviano Franco da Silveira.ÿ
13 de fevereiro – Atibaia ‚ considerada Estƒncia Hidromineral pelo Decreto Lei Estadual n§ 15.717.ÿ
26 de outubro – In¡cio da campanha para o Gin sio Atibaiense, cuja aula inicial se deu em 09/03/1948 pelo senador Lino de Matos. Hoje Escola Estadual “Major Alvim”.ÿ
1947 – Com a importante ajuda de seu irmÆo Jos‚ Pires Alvim, o “Zezico Alvim” – l¡der pol¡tico na ‚poca, em Atibaia – Joviano Alvim ‚ eleito deputado estadual por Atibaia, pelo PSD, para a legislatura de 1947/51. Os dois eram filhos do major Juvenal Alvim. Foi o £ltimo dos oito atibaianos eleitos deputados provinciais ou estaduais; sendo destes: Jacinto Jos‚ Ferraz de Ara£jo (Cintra), Manoel Jacinto de Ara£jo Ferraz, Zeferino Alves do Amaral e Joviano Alvim. Os outros quatro – Ant“nio Gon‡alves Barbosa da Cunha, Joaquim Floriano de Ara£jo Cintra, Evaristo de Ara£jo Cintra e Ant“nio Francisco de Ara£jo Cintra – embora atibaianos de nascimento, nÆo foram eleitos por Atibaia e nem a representavam.ÿ
1948 / 28 de outubro – Funda‡Æo da Associa‡Æo Industrial e Comercial de Atibaia. At¡lio Russomano foi o primeiro presidente.ÿ
24 de dezembro – Atibaia sofre novamente uma redu‡Æo de seu territ¢rio com a cria‡Æo da cidade de Jarinu, atrav‚s da Lei n§ 233.ÿ
1949 / 11 de setembro – Inaugura‡Æo da “Maternidade Dr. Paulo Pires de Camargo” e do aparelho de Raio -X da Santa Casa.ÿ
1952 / 13 de dezembro – Cria‡Æo do Museu Municipal, pela Lei Municipal n§ 239.ÿ
1953 – Atibaia conta com uma popula‡Æo em torno de 18.000 pessoas, sendo 7.300 residentes na zona urbana.ÿ
1954 / 21 de junho – Institui‡Æo do BrasÆo de Armas de Atibaia pela Lei Municipal n§ 282, de autoria de Enzo Silveira.ÿ
24 de junho – Inaugura‡Æo dos novos pr‚dios da Cƒmara, F¢rum e Prefeitura Municipal, onde ainda funcionam os trˆs poderes, pelo entÆo governador Lucas Nogueira Garcez. Tamb‚m ‚ inaugurado o Museu Municipal, que em 03/03/61, atrav‚s da Lei Municipal, passa a chamar-se “Museu Municipal JoÆo Batista Conti”.ÿ
26 de dezembro – Inaugura‡Æo e bˆn‡Æo da Igreja do Ros rio, completamente reformada, com duas torres.ÿ
05 de novembro – Inaugura‡Æo da R dio T‚cnica Atibaia, fundada por Ciro da Rocha Lima.ÿ
1955 – Tombamento da Casa da Cƒmara e Cadeia, localizada na pra‡a Bento Paes, onde hoje ‚ o Museu Municipal JoÆo Batista Conti.ÿ
1957 / 17 de setembro – Funda‡Æo do Sindicato do Com‚rcio Varejista.ÿ
1958 – In¡cio das obras de restaura‡Æo da Casa da Cƒmara e Cadeia, pela diretoria do Patrim“nio Hist¢rico e Art¡stico Nacional do Minist‚rio da Educa‡Æo e Cultura.
14 de janeiro – A emenda na Constitui‡Æo Estadual, nesta data, determinou elei‡äes para prefeitos, na capital e nas estƒncias, voltando o cargo a denominar-se “prefeito municipal” . Eleito o primeiro prefeito municipal desta nova fase, o ex-prefeito sanit rio Marco Vin¡cio Chiocchetti (58 a 62), seguido por Geraldo da Cunha Barros (62 a 64) e Ant“nio J£lio de Garcia Lopes (66 a 70). Ap¢s o t‚rmino do mandato de Ant“nio J£lio de Garcia Lopes (66 a 70) os prefeitos voltaram a ser nomeados, em decorrˆncia do regime militar.ÿ
1959 / 01 de julho – Inaugura‡Æo do trecho da rodovia FernÆo Dias, pelo governador Carvalho Pinto.ÿ
1960 – Atibaia recebe, segundo estat¡sticas, cerca de mil turistas nos fins-de-semana, provenientes principalmente da capital do estado.ÿ
1964 / 04 de maio – Atrav‚s de decreto legislativo o prefeito municipal Geraldo Cunha Barros, eleito em 1962, ‚ impedido de exercer seu cargo.ÿ
08 de junho – Cassa‡Æo definitiva do mandato do prefeito municipal, Geraldo Cunha Barros, e do vereador Pedro Tacco, realizada na presen‡a de 7 dos 13 vereadores, portanto, sem quorum regimental. Geraldo Cunha Barros retornou ao cargo pela Justi‡a.ÿ
30 de dezembro – Leitura da carta de ren£ncia do prefeito municipal Geraldo Cunha Barros em sessÆo especial na Cƒmara Municipal. A carta foi extorquida em Jundia¡ (SP), para onde o prefeito fora sequestrado e torturado por militares, que obrigaram-no a assinar sua ren£ncia. No mesmo dia, toma posse definitivamente do cargo de prefeito, o entÆo vice-prefeito e tamb‚m ex-prefeito sanit rio, Edmundo Zanoni, que exerceu o cargo at‚ o seu falecimento em 03/10/65., quando foi substitu¡do pelo presidente da Cƒmara Tito L¡vio Garini, que completou o mandato.ÿ
1965 / 23 de mar‡o – Institui‡Æo da bandeira de Atibaia pela Lei Municipal n§ 837.ÿ
1970 a 1979 – Per¡odo em que os prefeitos municipais das estƒncias foram nomeados pelo governador. Em Atibaia foram nomeados: Olavo Amorim Silveira (70 a 71), Omar Zigaib (71 a 75) e Jos‚ Aparecido Ferreira Franco (75 a 79).ÿ
1975 / 17 de fevereiro – Tombamento da Casa de J£lia Ferraz (CasarÆo).ÿ
1979 – As estƒncias voltam a eleger seus prefeitos municipais. O primeiro prefeito desta nova fase democr tica foi Takao Ono (79 a 82), seguido por Gilberto Sant’Anna (83 a 88), Jos‚ Aparecido Ferreira Franco (89 a 92), Fl vio Callegari (93 a 96) e Pedro Maturana (97 a 2000).
1978 / 17 de novembro – Atibaia ‚ transformada em Estƒncia Tur¡stica, atrav‚s da lei n§ 1844. Inaugura‡Æo do Aeroporto Municipal “Dr. Olavo Amorim Silveira”.ÿ
1982 / 15 de novembro – O partido de oposi‡Æo ao regime militar ganha o governo de SÆo Paulo com Andr‚ Franco Montoro, e em Atibaia a oposi‡Æo (PMDB) tamb‚m ganha, elegendo Gilberto Sant’Anna como prefeito municipal e nove dos quinze vereadores: Edson Ant“nio Teixeira, Jos‚ Luiz Teixeira, Carmine Biagio Tundisi, Odair Bedore, Rog‚rio Ribeiro da Silva, Domingos Gerage, Douglas Murilo Patroc¡nio e M rio da Silva. Os seis vereadores do partido ligado ao regime militar (Arena, depois PDS e hoje PPB) sÆo: Pedro Maturana, Gaspar Camargo, Eur¡pedes Edson Ferreira da Silva, Pedro Tominaga, Kazuaki Araki e Maur¡cio Aparecido Petrucci.
1986 / 08 de maio – Atibaia ‚ novamente transformada em Estƒncia Hidromineral pela Lei 5.091.
1990 / 04 de abril – Promulga‡Æo da nova Lei Orgƒnica do Munic¡pio, elabora pela Cƒmara Municipal.ÿ
1997 / 05 de maio – Morre o vice-prefeito e ex-prefeito por duas vezes (09/07/1975 a 19/05/1975 e 01/01/1989 a 31/12/1992), Jos‚ Aparecido Ferreira Franco, o “Cido Franco”.ÿ
1998 / 03 de fevereiro – Atibaia ‚ not¡cia em toda a imprensa nacional devido a morte e sepultamento do cantor e compositor S¡lvio Caldas, que vivia h mais de 40 anos na cidade e possu¡a o t¡tulo de cidadÆo atibaiense.ÿ
1998 / 04 de junho – A Cƒmara Municipal cassa o mandato do prefeito municipal eleito em 1996, Pedro Maturana, por 13 votos a 4, ap¢s apurar infra‡äes pol¡tico-administrativas cometidas pela Administra‡Æo Municipal. O prefeito retornou ao cargo atrav‚s da Justi‡a, 22 dias ap¢s sua cassa‡Æo.ÿ
08 de julho – Pela segunda vez a Cƒmara Municipal cassa o mandato do prefeito Pedro Maturana, por 13 votos a 2, ap¢s apurar outras infra‡äes pol¡tico-administrativas. Novamente o prefeito retorna ao cargo atrav‚s da Justi‡a ap¢s 8 dias de seus afastamento. Nos dois per¡odos de afastamento o prefeito Pedro Maturana foi substitu¡do pelo entÆo presidente da Cƒmara Municipal, Marcus Vin¡cio Silveira, em razÆo do falecimento do vice-prefeito municipal, ocorrido em 05/05/97.ÿ
15 de dezembro – A Cƒmara Municipal, atrav‚s do Decreto Legislativo n§ 18, anula os atos praticados em 1964, que culminaram com a cassa‡Æo do mandato do entÆo prefeito Geraldo Cunha Barros, resultando num ato pol¡tico in‚dito da hist¢ria do Legislativo Nacional.ÿ
1999 / 0 5 de outubro – O Tribunal de Justi‡a do Estado afasta liminarmente o presidente da Cƒmara Municipal, Rog‚rio Ribeiro da Silva, ap¢s pedido do Minist‚rio P£blico – local que investigava suposta irregularidade na demissÆo do falso procurador contratado pela Cƒmara Municipal. Ap¢s 15 dias o presidente retorna … Cƒmara, atrav‚s de medida adquirida no Tribunal.ÿ
(pesquisa e texto de Adriano Bedore, publicado no livro “Famílias Ilustres e Tradicionais de Atibaia”)