Fábrica de Atibaia intensifica produção de placas usadas em respiradores

Com a urgência diante da pandemia do novo coronavírus, empresa vai contratar para conseguir realizar entrega rápida de aparelhos.

Os ventiladores pulmonares, também conhecidos como respiradores, são essenciais para o tratamento de pacientes em estado grave infectados pelo novo coronavírus. Em Atibaia, no interior de São Paulo, uma fábrica acelerou o processo de produção de placas usadas nos respiradores e deve contratar mão de obra para dar conta da demanda diante da pandemia causada pelo vírus.

A empresa é uma das que estão fornecendo os aparelhos para o Ministério da Saúde com a atual demanda do SUS.

“Esse equipamento é fundamental para quem tem o nível forte da doença. Quando o paciente com o novo coronavírus vai para UTI, ele precisa do ventilador para ter essa sobrevida e para toda parte de tratamento”, explicou Roberval Tavares, sócio-proprietário da fábrica.

Demanda

A unidade tem cerca de 180 funcionários. No local são produzidas a estrutura e a parte eletrônica dos respiradores. Depois eles seguem para outra empresa que finaliza a montagem e faz a validação com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“Produzimos cerca de 2 mil equipamentos por ano. E agora essa demanda subiu muito, porque o Ministério da Saúde tem uma necessidade de 15 mil equipamentos. Nós vamos ter praticamente 90 dias para construirmos uma demanda muito grande de equipamentos”, disse Tavares.

Vagas

Atualmente a empresa funciona com apenas um turno. Mas, com a demanda por respiradores crescendo a cada dia, a diretoria pretende implantar mais um turno. No início do mês de abril será aberto um processo seletivo para contratar cerca de 50 pessoas.

“Nosso RH está trabalhando constantemente para contratar essas pessoas e treiná-las em tempo recorde para que possamos atender essa demanda. O objetivo na ponta final é abastecer o SUS e ajudar a salvar vidas”, afirmou Pedro Gouveia, sócio-proprietário da empresa.

Além da mão de obra, a corrida é também para conseguir a matéria-prima. Os componentes do aparelho são importados e, em um momento como esse, fica tudo mais difícil.

“São cerca de 1,5 mil componentes em todas as placas. Então a gente tem que ter a capacidade e a tranquilidade para conseguir uma sincronia para que eles cheguem juntos e a gente possa abastecer o pessoal da produção. Não podemos falhar de maneira nenhuma. Não podemos deixar as pessoas sem esse aparelho nos hospitais”, analisou Gouveia.

Fonte: G1.globo.com (Leia a matéria completa)