A estiagem já prejudicou muito a produção de flores e de morangos de Atibaia, no interior de São Paulo. Mas, de uns anos para cá, os agricultores estão investindo em técnicas de irrigação e consumo de água.
A aposta no plantio de flores na região é grande: cerca de 25% da produção nacional sai de lá. Outro produto importante é o famoso morango: são mais de 4 mil toneladas colhidas por ano.

Na plantação da família de Thiago Tsuji mais de 50 mil vasos de dez espécies de flores diferentes são produzidos por mês. Mas não era assim há 5 anos, principalmente por conta da crise hídrica – a propriedade fica às margens do rio Atibaia, um dos que formam o Sistema Cantareira que, em 2013, chegou ao nível mais baixo da história.
Foi nesse período difícil que Thiago passou a captar água da chuva.
O produtor construiu na parte mais alta do sítio uma cisterna com capacidade para 7 milhões de litros de água e, assim, parou de bombear água do rio.
Aliada a novas tecnologias de irrigação, a economia de água fez a produção crescer.
Na propriedade, é o usado o sistema de espaguete, que são mangueiras bem fininhas ligadas diretamente nos vasos das plantas.
“É uma economia de água fantástica, a gente usa praticamente só o necessário”, conta Thiago.
No sítio de Oswaldo Maziero a produção também é baseada na economia de água. Ele cultiva 4 mil pés da fruta no sistema semi-hidropônico, com irrigação por gotejamento. O uso racional da água não afeta a produtividade e garante a qualidade dos produtos.
No mês de setembro, boa parte do que sai do campo na região é vendida na festa de flores e morangos de Atibaia, que movimenta mais de R$ 9 milhões em 12 dias.
Fonte: G1.globo.com