A Receita Federal e o Ministério Público do Estado de São Paulo, cumpriram, na manhã de terça-feira (18), a operação Golden Fat, com o objetivo de encontrar provas adicionais de operações falsas para esconder a sonegação de impostos e lavagem de dinheiro, feitas por um grupo econômico que atua no ramo de gordura animal, com empresas de fachada.
Ao todo, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão em residências, empresas e escritórios de contabilidade ligados aos investigados, nas cidades de São Paulo (SP), Guarulhos (SP), Atibaia (SP) e Arujá (SP).
O grupo econômico investigado é suspeito de controlar empresas de fachada, sem capacidade operacional, e seria o elo entre os fornecedores e as empresas, simulando transações com o objetivo de gerar créditos indevidos e reduzir a base de cálculo do Imposto de Renda, além de emitir notas fiscais aplicando golpes em instituições financeiras.
O dinheiro obtido pelo grupo econômico era utilizado para comprar bens de luxo, como joias, obras de arte, móveis, roupas de grife, relógios, bolsas, veículos e imóveis, e também em aplicações financeiras e viagens internacionais.
A Receita Federal já identificou, até o momento, a participação de 31 pessoas físicas, dois escritórios de contabilidade e 29 empresas de fachada, que emitiram notas fiscais suspeitas entre os anos de 2015 e 2021, no valor total de R$ 4,25 bilhões, com sonegação fiscal estimada de R$ 903 milhões entre tributos federais e estadual. Nesse período, também foram apuradas aquisições de bens de luxo no valor de cerca de R$ 30 milhões.
Fonte: Band