Dois traficantes com atuação nas regiões do Vale do Paraíba e Bragantina estão em uma lista divulgada pelo Ministério da Justiça que reúne os criminosos mais procurados do país. A divulgação foi feita na última quinta-feira (30).
João Aparecido Ferraz Neto, conhecido no meio criminoso como João Cabeludo, é considerado um traficante de alta periculosidade e tem condenações por diversos crimes somando mais de 500 anos de prisão.
Ele é apontado pela lista como principal traficante da região de São José dos Campos (SP). Em 2007, a polícia apreendeu uma carga de mais de três toneladas de maconha em um sítio em Caçapava. A droga seria distribuída pelo traficante na região.
De acordo com o Ministério da Justiça, a suspeita é de que João Cabeludo esteja na Bolívia.
Atibaia
O segundo criminoso ligado à região que também aparece na lista do Ministério da Justiça é Leomar Oliveira Barbosa, conhecido como Leozinho. Ele é acusado de ser um dos operadores da ‘Conexão Atibaia’, responsável pelo tráfico de cocaína do Paraguai para Atibaia, em voos para um aeroclube na cidade.
Segundo o ministério, ele ainda consta como membro de uma facção criminosa do Rio de Janeiro e seria braço direito do traficante preso Fernandinho Beira-Mar.
Leomar chegou a ser preso, mas foi solto indevidamente em 2018 de um presídio estadual em Goiás após um alvará de soltura expedido pela Justiça Federal.
Além dos dois criminosos, a lista também conta com Sonia Aparecida Rossi, a Maria do Pó. Ela é a única mulher da lista de procurados. Natural de Americana (SP), ela já esteve presa na Casa de Custódia em Taubaté, mas foi transferida após uma rebelião.
Maria é considerada como a maior traficante de cocaína da região de Campinas e abastece favelas em São Paulo com a droga trazida da Bolívia, segundo a polícia.
Procurados
A lista foi divulgada pelo Ministério da Justiça e conta com 26 nomes de criminosos de todo o país. A relação está disponível em uma plataforma online que traz fotos e dados dos condenados. Não há recompensa para quem colaborar com informações sobre o paradeiro de algum deles.
O banco com os nomes foi elaborado a partir de informações dos estados e com dados públicos, fornecidos pelo Banco Nacional de Mandados de Prisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Para a relação, o ministério levou em conta a atuação em mais de um estado ou país, ligação com facção criminosa ou posição de liderança e envolvimento em crimes graves.
Fonte: G1.globo.com