A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que as pessoas façam, pelo menos, 150 minutos de atividade física vigorosa por semana, 30 minutinhos por dia – ou ainda 300 minutos de atividade moderada. Por vigorosa podemos considerar uma corridinha leve, e por moderada, uma caminhada. Apenas 50% das pessoas relatam conseguirem atingir essa meta da OMS (em pesquisa realizada com americanos). E quando o nível de atividade é realmente medido, não apenas contado pelas próprias pessoas, esse número cai ainda mais, chegando a apenas 10% da população.
Sabe por que isso é bastante problemático? Porque sedentarismo é pior para o risco de mortalidade do que coisas aparentemente mais graves, como tabagismo e diabetes. Hoje, os principais problemas de saúde do mundo vêm da falta de atividade física e maus hábitos alimentares, duas coisas que tendem a andar juntas.
A principal barreira relatada pelas pessoas para conseguirem fazer atividade física é falta de tempo, o que faz absoluto sentido.
Talvez você já tenha visto influenciadores na internet falando que basta ter força de vontade. Mas eu tenho certeza que não é força de vontade que falta a uma mãe solo que demora duas horas para chegar ao trabalho de transporte público e que à noite ainda tem que executar todas as tarefas domésticas e da maternidade. O problema do sedentarismo da população é bastante complexo e não envolve apenas questões individuais, mas também problemas sociais.
Bom, mas só apontar o problema não adianta. Minha ideia é contribuir, mesmo que minimamente, com uma informação: cada 5 minutos de corrida leve equivalem a 15 minutos de caminhada, pensando em benefícios para a saúde. E 105 minutos de caminhada são comparáveis a apenas 25 minutos de corrida. Então, a corrida pode ser vista como uma forma de economizar tempo, além de ser o esporte mais acessível (ele pode se tornar caro, mas ele não precisa necessariamente ser).
Começar a correr é mais simples do que costumam divulgar. A corrida está escrita no nosso DNA. Aprendemos a correr com 2 anos de idade, sem ninguém precisar falar nada. Mas é claro que alguma ajuda e orientação é bem-vinda.
@raquelcastanharo
Fonte: EuAtleta