Dono de 24 medalhas em três edições das Paralimpíadas, Daniel Dias decidiu que está na hora de dar adeus às piscinas. Os Jogos de Tóquio serão o último que o nadador de 33 anos vai disputar. Para se despedir da melhor forma, Daniel tem reforçado a preparação nos treinos em Atibaia.
“A vida do atleta é feita de ciclos, fases, e por isso que eu decidi parar, decidi dar adeus à piscina, porque eu já vejo que minha contribuição com a natação paralímpica foi excepcional, foi além do que eu esperava”, afirma Daniel.
Antes de se despedir Daniel Dias tem mais uma missão: os Jogos Paralímpicos de Tóquio.
Para chegar à última competição em alto nível, o nadador reforçou os treinamentos em Atibaia com Igor Russi, primeiro técnico da carreira de Daniel. Para Russi, Daniel Dias chega como forte candidato ao pódio em Tóquio.
“A alegria que ele tem e a forma física que ele está, nós estamos indo pra fazer os melhores resultados dele”, disse.
As Paralimpíadas de Tóquio começam no dia 21 de agosto, mas Daniel Dias já está ansioso.
“Já começa a subir uma adrenalina. Você já começa a viver esse momento e penso que está chegando o meu momento, está chegando a nossa hora”, conta o nadador.
Daniel Dias vai participar de cinco provas: os 50m livre, 100m livre, 200m livre, 50m borboleta e 50m costas.
Em Tóquio, Daniel tenta ampliar a coleção de medalhas paralímpicas. Ele disputou os jogos de Pequim (2008), Londres (2012) e Rio de Janeiro (2016). Nos três jogos ele faturou 24 medalhas, sendo 14 de ouro, sete de prata e três de bronze. Ele ainda soma 33 ouros em Jogos Parapan-Americanos; e 40 medalhas em Mundiais.
Mesmo com todas as medalhas de grandes competições internacionais, um bronze conquistado num campeonato nacional em 2005 tem uma importância especial para o nadador.
“Não só foi a minha primeira medalha na natação, mas foi onde eu pude realmente entender muita coisa e principalmente a capacidade que temos quando acreditamos em nós mesmos”, destacou.
Mesmo com a aposentadoria, Daniel Dias não deve ficar longe do esporte e já tem planos para o futuro na natação, mas, desta vez, do lado de fora das piscinas.
“Não tem como ficar longe do esporte, a verdade é essa. O esporte transformou minha vida, eu acredito no lado social, como uma ferramenta transformadora. Agora é ajudar, a gente está montando um projeto muito bacana em Atibaia para desenvolver a natação na cidade e na região, mas principalmente transformar campeões na vida”, afirmou o nadador.
Fonte: Globoesporte.globo.com