Plataforma de Restauração das Áreas Protegidas do Estado de São Paulo é apresentada na COP 29

Durante a 29ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), em Baku, Azerbaijão, o Governo de São Paulo apresentou a Plataforma de Restauração das Áreas Protegidas do Estado de São Paulo. A ferramenta, da Fundação Florestal, vinculada à Secretaria de Meio Ambiente, oferece informações detalhadas sobre áreas potencialmente restauráveis dentro das unidades de conservação paulistas.

Plataforma concentra informações como classificação da área, características da vegetação, uso do solo e potencial de regeneração natural (Foto: Divulgação / Governo de SP)

Informações como classificação da área, características da vegetação, uso do solo, declividade, distância de rodovias e viveiros, potencial de regeneração natural e aptidão para restauração ativa fazem parte dessa coletânea de dados. “São mais de 90 camadas de informação, de 15 fontes oficiais ou cientificamente comprovadas, que são cruzadas e sobrepostas por meio de inteligência artificial para oferecer ao usuário dados precisos e atualizados, facilitando a tomada de decisão e o sucesso dos projetos”, explica o diretor executivo da Fundação Florestal, Rodrigo Levkovicz.

Cerca de 40 mil hectares de áreas protegidas estão mapeadas na plataforma, oferecendo um verdadeiro catálogo à disposição de qualquer órgão ou entidade que queira desenvolver projetos de reflorestamento ou restauração. “Muitas vezes a falta de dados centralizados e estruturados dificulta o avanço e atrasa os esforços de recuperação. Com a plataforma é possível ser mais assertivo”, afirma. A ferramenta já está online e disponível para uso, embora siga continuamente em aperfeiçoamento, com apoio técnico da Fundação Instituto de Administração (FIA).

A secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, ressalta que a Plataforma de Restauração das Áreas Protegidas é um instrumento essencial e complementar a todo um arcabouço que está sendo construído no contexto do programa Refloresta-SP.

O objetivo é viabilizar a entrada de mais recursos de financiamento de ações de restauração, conservação e uso sustentável de paisagens e ecossistemas, considerando a meta do Governo de SP de restaurar a vegetação nativa e estabelecer sistemas produtivos biodiversos em 1,5 milhão de hectares até 2050, como contribuição para a mitigação de emissões. “Acabamos de publicar o edital de seleção da entidade gestora do Finaclima, instrumento climático que facilita o recebimento de recursos privados voltados à implementação de projetos e ações de adaptação e mitigação às mudanças climáticas. A plataforma vai servir como um instrumento fundamental para orientar a aplicação desses recursos”, diz.

Qualquer pessoa, física ou jurídica, pode fazer doações ao Finaclima-SP para aplicação na restauração de áreas potencialmente recuperáveis. O mecanismo financeiro também recebe recursos de pagamentos pelo cumprimento de obrigações legais ou contratuais; compensação ambiental; projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação; entidades internacionais de direito privado; organismos multilaterais e estados estrangeiros. Ele se beneficiará, ainda, do retorno de investimentos e dividendos e de rendimentos gerados pela aplicação de recursos. Também poderão ser destinadas ao Finaclima-SP doações diretas de bens e serviços.

Fonte: Agência de Notícias do Governo do Estado de São Paulo