Um mês após chegar ao santuário de animais em Joanópolis (SP), a ursa Rowena – que ficou conhecida como ‘a ursa mais triste do mundo’ durante a campanha para transferência do animal – dá sinais de que já se adaptou totalmente ao novo lar. Além de comportamento dócil, ela permite que os técnicos do local se aproximem dela.
Assim que chegou, veterinários constataram que a ursa tinha uma infestação de verminose grande, além de dificuldades de visão e de locomoção naturais para a idade do animal, que é considerado idoso.

“Ela passou por um tratamento de dez dias com medicamentos específicos contra a verminose. Após esse período, repetimos o exame e ela está curada. Agora estamos fazendo um medicamento para tratar a artrose, que é devido à idade”, explica o diretor do santuário, Marcos Pompeu.
Ela foi transportada de Teresina, no Piauí, em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) e levada em uma cabine climatizada especial até Joanópolis, no interior paulista.
Comportamento
Rowena – que antes se chamava Marsha e foi rebatizada para marcar o início de uma nova vida no novo lar – tem comportamento dócil e sempre é vista brincando com alguns objetos deixados no recinto de 600 m², com piscina e caverna.
“Tem essa proximidade com os humanos desde que o animal permita. Ela já sofreu muito. Queremos mostrar a ela que agora está em um local seguro”, disse o diretor, que se aproxima dela para dar uma mistura de suco de melão, laranja, mel e água em um pote.
A ursa faz uma média de três alimentações por dia. Na primeira, e mais reforçada, ela come frutas, na segunda acrescentam legumes e folhas e na última do dia ela consome proteínas.
Histórico
O animal viveu 25 anos no circo e há sete anos foi resgatada com mais três ursos, que viveram no zoológico no Piauí até morrer. Ela foi apreendida em Caxias, no Maranhão, e doada ao parque de Teresina pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Durante o período em que viveu no circo, a ursa foi acostumada a se alimentar de ração de cachorro. A transferência foi feita porque a temperatura média de 40°C em Teresina não era a adequada para o animal.
Fonte: G1.globo.com