O bom e velho ditado “o cão é o melhor amigo do homem” não é por acaso. Além de ser uma excelente companhia, eles também ajudam a manter a saúde mental dos tutores, principalmente os idosos. Depois de perderam parceiros e entes queridos, encontram nos animais uma das razões para viver.
A rotina de atividades como passear com os cães, alimentá-los, levá-los ao médico veterinário também é uma ocupação para os tutores que aproveitam a ocasião para se socializarem com outras pessoas.
Para psicóloga Meire Fernanda Pandim Ravazzi, de 62 anos, os benefícios da companhia de um pet são comuns a todos, mas para os idosos os resultados são mais satisfatórios. “Além de aliviar a solidão, eles são bons companheiros, ajudam a aliviar o estresse, a depressão e a ansiedade”, conta.
A adoção é a forma mais fácil e acessível para obter um animal, mas antes de praticar o gesto de amor e generosidade é preciso se atentar aos cuidados que o “melhor amigo” necessita.
Os primeiros dias no novo lar também exigem cautela, acolhimento e adaptação, até que o pet esteja totalmente à vontade.
“Quem for adotar, tem que estar disposto não só a receber, mas dar muito amor à eles (pets), o que será bem recompensado” explica Meire.
Para pessoas com mais de 60 anos, a adoção deve ser feita com base em algumas características. A recomendação é que seja um animal com comportamento ameno e que acompanhe os movimentos dos idosos, que são mais lentos e às vezes comprometidos. Isso é para evitar situações de risco, como tombos.
A médica veterinária especialista em felinos, Mariana Falcochio, explica que existem estudos que revelam que a relação traz calmaria e tranquilidade para ambos.
“Pets que foram adotados ou abandonados e tinham um histórico de ficarem mais quietos ou não gostavam de carinho, se mostram mais confiantes. Situação que comprova que o bem estar e a saúde mental favorecem os dois lados, tanto dos tutores quanto dos animais”, explica Mariana.
Muito bem “acompanhados”
A troca de afeto permite vida longa e feliz aos pets que demonstram alegria ao estarem ao lado dos tutores.
A aposentada Aparecida Donizeti Hichuki, de 68 anos, sabe muito bem disso. Ela tem três cachorras que são inseparáveis e fazem parte da rotina da idosa. Mel, Dauda e Luna. Depois que elas chegaram, o ambiente doméstico mudou.
“São meus bebês, dormem no quarto comigo e cada uma delas tem sua cama. Se eu dou carinho mais para uma do que pra outra começa o ciúmes”, conta Aparecida.
Ao g1 Aparecida contou que as cachorrinhas estão acostumadas com os passeios semanais e quando não respeita o compromisso com elas, passa a ser “cobrada”:
“São verdadeiras crianças para mim. Sou tão apegada que se eu me ausento fico com a consciência pesada”, revela.
A aposentada conta que suas “filhas de quatro patas” tornam o dia a dia mais leve e descontraído. Ela aconselha que todas as pessoas tenham um companheiro pet.
Fonte: G1.globo.com