O outono chega ao fim nesta quinta-feira (20) e dá lugar ao inverno, que entra em cena oficialmente no país às 17h51, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Conhecida pelo frio, a estação promete provocar queda nas temperaturas na região. Apesar disso, as previsões meteorológicas apontam que, neste ano, os índices estarão um pouco acima da média para o inverno.
Isso não significa, porém, que não teremos dias gelados. Eles vão existir, mas provavelmente com menos frequência do que costumam acontecer na estação, como prevê o Centro de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden).
“Analisando os próximos três meses como um todo, este inverno será um pouco mais quente do que a média dos últimos 30 anos, segundo a climatologia. Mesmo assim, não podemos dizer que não haverá dias frios, apenas que os dias quentes serão mais frequentes”, explica o meteorologista Giovanni Dolif.
Um dos motivos de um inverno um pouco mais quente é a atuação persistente de bloqueios atmosféricos, que mantêm as temperaturas altas. Mesmo assim, o ar frio polar provocará efeitos e, por isso, haverá quedas nos termômetros em alguns períodos.
Já em relação ao inverno do ano passado – que teve julho como o mês mais quente já registrado no planeta -, a tendência é que as temperaturas neste ano fiquem um pouco abaixo.
“Julho do ano passado foi muito quente, com temperaturas muito acima da média, por conta do El Niño. Neste ano o inverno terá mais dias frios”, afirma o especialista.
O El Niño, fenômeno caracterizado pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico, perdeu força no país. O próximo fenômeno previsto, a La Niña (resfriamento anômalo das águas do Pacífico), ainda não deve influenciar as condições climáticas neste inverno.
Chuvas
As chuvas são menos constantes no inverno por conta da persistência de massas de ar seco, que diminuem a umidade do ar. Essa condição favorece ainda a possibilidade de queimadas, incêndios florestais e aumento de doenças respiratórias.
Neste ano, a tendência é que as chuvas sejam ainda menos frequentes.
Fonte: G1.globo.com