O operador de máquinas que matou a esposa a facadas na frente dos enteados, em Jarinu (SP), foi condenado a 16 anos de prisão por feminicídio pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. O resultado do julgamento, realizado em novembro de 2020, foi divulgado na segunda-feira (4).
De acordo com a Polícia Civil, Ricardo da Silva Bento, de 34 anos, fugiu para a casa da mãe, na Grande São Paulo, após matar a esposa com nove golpes de faca durante uma discussão motivada por ciúme, no dia 4 de junho de 2017.
Um dia após o crime, ele se entregou à polícia na cidade de São Bernardo do Campo (SP). Em depoimento, o agressor afirmou que a vítima, com quem morava junto havia dois anos, o traía.
O laudo de exame necroscópico apontou traumatismo torácico e abdominal como causa da morte, sendo que a vítima tinha nove perfurações de faca e escoriações pelo corpo, informou o tribunal.
Gritos de socorro
Os dois teriam se conhecido em Juazeiro do Norte (CE) e se mudado para o interior de São Paulo havia três meses. Na noite do crime, o casal estava em casa com as três crianças, de sete, nove e 12 anos, que presenciaram a morte da mãe.
Ainda segundo a polícia, os filhos gritaram por socorro ao virem a vítima ser esfaqueada no tórax e nas costas. Ela não resistiu e morreu na casa que vivia no bairro Vila Nova Trieste.
Após matar a esposa, o operador de máquina fugiu e deixou as crianças – filhos da vítima com outro homem – sozinhas na casa. Os três foram entregues a um irmão da vítima, que mora em Várzea Paulista (SP), e são acompanhadas pelo Conselho Tutelar.
Detido, Bento, que anteriormente não tinha passagens na polícia por nenhum crime, foi encaminhado ao Centro de Triagem de Campo Limpo Paulista (SP).
Fonte: G1.globo.com