A Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar a troca de caixões envolvendo os corpos de uma vítima de Covid-19 e outra de infarto em Piracaia (SP). Segundo a Polícia Civil, os responsáveis podem ser punidos com até um ano de prisão.
Os corpos de um homem morto por Covid-19 e de uma vítima de infarto foram trocados e o erro só foi percebido quando uma das famílias tentou velar o parente e percebeu que não era ele no caixão. O outro corpo já havia sido enterrado, com caixão fechado.
O caso aconteceu no dia 16 de abril, quando os dois homens morreram, mas veio à tona na última semana após a prefeitura receber a confirmação do diagnóstico de Covid-19 em Antonio Coutinho.
A Polícia Civil informou que o inquérito visa apurar quem foram os responsáveis pelo erro. “Ouviremos todas as pessoas envolvidas para saber de quem foi a falha. Isso pode ter facilitado a propagação da doença” afirmou o delegado José Carlos Ziliotti.
Os responsáveis podem ser indiciados por infringir determinação do poder público para evitar propagação de doença contagiosa. A pena varia de um mês a um ano de detenção, além de multa.
O que dizem Prefeitura e Santa Casa
A Prefeitura de Piracaia, por meio de nota, disse que foi surpreendida com a notícia dos corpos que foram trocados. Afirma que determinou que a diretoria da Santa Casa instaurasse uma sindicância interna para apurar os responsáveis pelo episódio.
A administração municipal informou ainda que uma das primeiras medidas tomadas pela Santa Casa foi a “identificação da equipe de enfermeiros responsáveis pelos respectivos pacientes, bem como a identificação de quais outros pacientes tiveram contatos com tais profissionais”.
A nota também diz que “os familiares e demais pessoas que tiveram contato com o paciente positivo ao Covid-19, também encontram-se em isolamento, conforme determinação da OMS”.
O G1 entrou em contato com a Santa Casa e foi informado que uma sindicância foi instaurada para apurar o caso. Enquanto o caso não tiver sido apurado, o hospital não vai se manifestar.
Fonte: G1.globo.com (leia a matéria completa)