A região de Campinas (SP) vai receber um repasse de R$ 25,5 milhões do estado para que as prefeituras intensifiquem o combate à dengue. A informação foi confirmada pela Secretaria Estadual de Saúde e corresponde às cidades que fazem parte do Departamento Regional de Saúde (DRS-7) da metrópole. A cidade de Atibaia deverá receber R$ 726,8 mil. Veja abaixo o levantamento por município feito pelo g1.

Os governos municipais mantêm o alerta para uma explosão de casos no início do ano por conta da circulação do sorotipo 3 da dengue [entenda abaixo].
O valor para as cidades da região de Campinas representa 10% do total de R$ 228 milhões que o governo vai repassar aos 645 municípios do estado.
O repasse faz parte do Incentivo à Gestão Municipal (IGM) do Sistema Único de Saúde (SUS) de São Paulo, que é um recurso do Tesouro Estadual para dar suporte às cidades no enfrentamento às arboviroses urbanas.
Valor por cidade
- Águas de Lindóia – R$ 94,5 mil
- Amparo – R$ 365,7 mil
- Americana – R$ 1,2 milhão
- Artur Nogueira – R$ 562,4 mil
- Atibaia – R$ 726,8 mil
- Bom Jesus dos Perdões – R$ 265 mil
- Bragança Paulista – R$ 861,7 mil
- Cabreúva – R$ 255,6 mil
- Campinas – R$ 6,1 milhões
- Campo Limpo Paulista – R$ 432 mil
- Cosmópolis – R$ 373,3 mil
- Holambra – R$ 78 mil
- Hortolândia – R$ 1,1 milhão
- Indaiatuba – R$ 1,3 milhão
- Itatiba – R$ 621,2 mil
- Itupeva – R$ 321,6 mil
- Jaguariúna – R$ 299,6 mil
- Jarinu – R$ 155,8 mil
- Joanópolis – R$ 134,5 mil
- Jundiaí – R$ 2,1 milhões
- Lindóia – R$ 82 mil
- Louveira – R$ 255 mil
- Monte Alegre do Sul – R$ 81,8 mil
- Monte Mor – R$ 514,2 mil
- Morungaba – R$ 69,6 mil
- Nazaré Paulista – R$ 188,6 mil
- Nova Odessa – R$ 308,5 mil
- Paulínia – R$ 572,5 mil
- Pedra Bela – R$ 81,6 mil
- Pedreira – R$ 244,9 mil
- Pinhalzinho – R$ 155,6 mil
- Piracaia – R$ 276,1 mil
- Santa Bárbara d’Oeste – R$ 976,3 mil
- Santo Antônio de Posse – R$ 197,8 mil
- Serra Negra – R$ 247,2 mil
- Socorro – R$ 416,9 mil
- Sumaré – R$ 1,4 milhões
- Tuiuti – R$ 82,3 mil
- Valinhos – R$ 665,8 mil
- Vargem – R$ 108,4 mil
- Várzea Paulista – R$ 621,3 mil
- Vinhedo – 407,8 mil
Cenário preocupante
Em meados de janeiro, o governo paulista anunciou a criação de uma sala de emergência para o monitoramento dos casos de dengue no estado, que nas duas primeiras semanas de 2025 apresentou números piores do que no anterior. Segundo o painel de arboviroses do governo de São Paulo, até o sábado (18/01) o total de casos até era 43.817, contra 29.042 no começo de 2024: um aumento de 51% que preocupa as autoridades.
“O nível de alerta é muito alto, pois tivemos não só uma mudança de quadro epidêmico, mas também um novo sorotipo circulando. Durante todo 2024, a predominância foi do vírus da dengue 1 e 2, e já no final do ano houve a introdução do dengue 3, o que é muito preocupante”, adverte a epidemiologista Regiane de Paula, à frente da Coordenadoria de Controle de Doenças da Secretaria Estadual de Saúde de SP.
Segundo dados do Ministério da Saúde, o aumento de casos no Brasil no início do ano foi mais evidente nas últimas semanas de dezembro de 2024, quando o chamado sorotipo DENV3 começou a se espalhar de forma mais significativa, representando 31,8% dos casos no Amapá, 28,7% em São Paulo, 18,2% em Minas Gerais e 9,3% no Paraná.
Esses estados lideram a circulação do DENV3, que tem mostrado um crescimento preocupante em comparação com os outros sorotipos predominantes, como o DENV1 e o DENV2.
Orientações à população
🌡️ A dengue causa febre alta e repentina, dores no corpo, manchas vermelhas na pele, vômito e diarreia, resultando em desidratação.
🚨 Ao apresentar algum desses sintomas, o morador deve procurar uma das unidades de saúde da cidade para atendimento médico, segundo a Secretaria de Saúde.
Algumas medidas de prevenção são:
- Utilize telas de proteção com buracos de, no máximo, 1,5 milímetros nas janelas de casa;
- Deixe as portas e janelas fechadas, principalmente nos períodos do nascer e do pôr do sol;
- Mantenha o terreno limpo e livre de materiais ou entulhos que possam ser criadouros;
- Tampe os tonéis e caixas d’água;
- Mantenha as calhas limpas;
- Deixe garrafas sempre viradas com a boca para baixo;
- Mantenha lixeiras bem tampadas;
- Deixe ralos limpos e com aplicação de tela;
- Limpe semanalmente ou preencha pratos de vasos de plantas com areia;
- Limpe com escova ou bucha os potes de água para animais;
- Limpe todos os acessórios de decoração que ficam fora de casa e evite o acúmulo de água em pneus e calhas;
- Coloque repelentes elétricos próximos às janelas (o uso é contraindicado para pessoas alérgicas);
- Velas ou difusores de essência de citronela também podem ser usados;
- Evite produtos de higiene com perfume porque podem atrair insetos;
- Retire água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa.
Fonte: G1.globo.com