Periodicamente, agentes de combate a endemias da Secretaria de Saúde percorrem bairros de diversas regiões e vistoriam imóveis para identificar focos de reprodução do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Os dados coletados nessas visitas permitem realizar a Avaliação de Densidade Larvária (ADL), composta por índices que medem os níveis de infestação da larva do mosquito e indicam o risco de transmissão da doença. O resultado da última avaliação, concluída no fim de janeiro, apontou que a média do índice predial foi de 4,4 nas regiões analisadas, classificação considerada de alto risco epidemiológico.
Realizado nas três primeiras semanas de janeiro, o levantamento definiu uma amostra de 1.800 imóveis, escolhidos por sorteio e distribuídos igualmente em três regiões: Centro, Morumbi, Vila Rica, Terceiro Centenário e parte da Alameda Lucas Nogueira Garcez compõem a área 1; Alvinópolis, Alto do Alvinópolis e Atibaia Jardim, a área 2; Jardim Cerejeiras, Jardim Imperial, Caetetuba e Vila São José, a área 3.
Além de abarcar uma diversidade de perfis – bairros com muitas piscinas, materiais inservíveis ou vasos de plantas – a definição da amostragem segue norma técnica do governo estadual e tem como base setores censitários constantes no banco de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.
De acordo com a Divisão de Vigilância Ambiental, foram encontrados recipientes com larvas de Aedes aegypti em 47 dos 1.068 imóveis que foram efetivamente vistoriados, uma vez que 732 propriedades não puderam ser inspecionadas por estarem fechadas ou porque os moradores não permitiram a entrada dos agentes.
Risco de epidemia
A partir dos dados coletados pelos agentes nas visitas, a ADL calcula os índices predial e de Breteau, indicadores dos níveis de infestação da larva do mosquito que buscam estimar o risco de transmissão da doença. Enquanto o predial relaciona o número de imóveis positivos, o Índice de Breteau (IB) detalha o de recipientes com larvas do Aedes aegypti, ambos em relação à quantidade de imóveis pesquisados.
Nos dois índices, a classificação abaixo de 1% é a ideal, pois indica baixo risco de infestação. De 1% a 3,9%, a situação é considerada de médio risco e, acima de 4%, de alto risco. O risco de epidemia foi apontado não só na mensuração do indicador predial, mas também foi confirmado pelo índice de Breteau: a média das três regiões na avaliação realizada em janeiro ficou em 5,1.
Reverter esse cenário é uma tarefa que depende da colaboração dos munícipes, pois a melhor forma de se combater a dengue é impedir a proliferação do mosquito transmissor da doença, eliminando os chamados criadouros, locais com água acumulada que possibilitam a sua reprodução. Com a chegada do verão – período de calor e chuvas, com condições climáticas mais favoráveis à proliferação do Aedes aegypti – a Secretaria de Saúde reforça a importância de se intensificar os cuidados e convoca a população a colaborar no trabalho de prevenção.
Fonte: Assessoria de Imprensa Prefeitura de Atibaia