O governo do estado de São Paulo enviou, na manhã desta quinta-feira (15), 2,7 milhões de doses da Coronavac para todos os municípios paulistas. As vacinas saíram do Centro de Distribuição e Logística da capital e serão destinadas ao público entre 30 e 34 anos das 645 cidades.
Esses são os primeiros imunizantes de um lote com 30 milhões de doses para uso exclusivo dos habitantes do estado compradas diretamente do laboratório chinês Sinovac. Até o final de julho, devem chegar mais 1,3 milhão.
Necessidade de vacinação anual contra Covid-19
O secretário estadual da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, afirmou na última quarta-feira (14) que haverá a necessidade de vacinação anual contra a Covid-19 no país para manter a imunidade das pessoas contra o coronavírus, assim como acontece com o vírus H1N1, da gripe.
“Por se tratar de um vírus respiratório, um vírus que vai ser mantido endêmico na nossa comunidade, para que nós não tenhamos riscos de novas epidemias, a vacinação é a única forma de mantermos a proteção e a imunologia das pessoas elevadas”, afirmou o médico infectologista, durante coletiva de imprensa na sede do Instituto Butantan.
“A vacinação ainda é, infelizmente, muito desigual. Existem países, certas regiões do mundo, que só agora tão iniciando a vacinação, têm menos de 1% da população vacinada. Então enquanto a gente não tiver essa situação pandêmica controlada a nível global, a gente ainda pode ter situação de surtos localizados, o que justificaria, sim, uma dose de reforço em um futuro próximo”, explicou o virologista Anderson Brito.
Estudos no Brasil
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), apenas dois laboratórios pediram liberação para pesquisas sobre os efeitos de doses adicionais das vacinas contra o novo coronavírus.
A Pfizer recebeu autorização no dia 18 de junho. Já a Astrazeneca foi autorizada na última quarta-feira (14). Os estudos são de responsabilidade dos fabricantes e, até a última atualização desta reportagem, não há nenhuma conclusão.
Fonte: G1.globo.com